Quinta-Feira, 01 de Maio de 2025

Mais intenso, Jackman prova aptidão para ser Wolverine em novo filme

Publicado em 11/07/2013
Por Jailson Dias
a2924229e7d83fa9b3824a686cde.jpg
a2924229e7d83fa9b3824a686cde.jpg
O eterno Wolverine /Divulgação

Se a barba continua praticamente igual a dos filmes anteriores, Hugh Jackman prova em "Wolverine - Imortal" que ainda é capaz de mostrar ao público comum e aos fãs como o ator é a escolha ideal para encarnar todas as características do herói da Marvel. Sem parecer forçado e com a capacidade de ser cada vez mais intenso em cenas de batalha ou de clímax, Jackman se destaca mais uma vez no papel, mesmo depois de cinco aparições anteriores na pele do mutante nos cinemas.

Desde "X-Men" (2000), Hugh Jackman conseguiu se manter fiel à reputação que construiu com o personagem. Com o tempo, o público passou a enxergá-lo como se fosse a própria cara de Wolverine, retirada do papel e trazida para o mundo de carne e osso.

Em "Imortal", Jackman intensifica aquilo que o tornou famoso ao interpretar o herói: brada com força, fica vermelho e deixa os olhos esbugalhados quando se esforça, como se seu próprio corpo fosse o de um mutante. Até mesmo o tom seco dos comentários de Wolverine e sua rabugentice estão cada vez mais bem representados por Jackman, que se revela mais versátil nos últimos anos, passando do universo da ação com os "X-Men" e "Van Helsing" e experimentando até cantar, como na mais recente adaptação de "Os Miseráveis" para o cinema.

Mas foi mesmo o corpo que chamou mais atenção do público e da mídia durante a longa jornada enfrentada por Jackman para sair da magreza de "Os Miseráveis" rumo à musculatura definida em "Wolverine". Foram 11 quilos a mais entre um filme e outro, convertidos em uma figura que transmite ao espectador o ideal de força combinada com raiva que tanto marcam o herói.

Trama

Atordoado pelo passado e considerando sua imortalidade como um fardo, Wolverine descobre, aos poucos, um sentido para seguir batalhando. Com cabelo comprido, maltrapilho e desesperançoso, o personagem vagueia sem um objetivo e sofre com pesadelos sobre eventos que já viveu -- como quando ajudou um jovem soldado a sobreviver ao bombardeio de Nagazaki durante a Segunda Guerra Mundial.

A mente do protagonista também recebe a visita constante da memória de Jean Grey (Famke Janssen), que se torna cada vez mais uma musa para o herói, mas que nem sempre inspira bons pensamentos. Como uma válvula de escape para seus demônios, Wolverine ruma para o Japão, em episódio descrito nos quadrinhos de Frank Miller e Chris Claremont lançado em 1982. Na cronologia da série, o herói está em um momento pouco posterior aos descritos no filme "X-Men: O Confronto Final".

Mas o que poderia ser uma história de superação clássica, tal como em um filme de esportes, ganha um contorno menos clichê graças à capacidade de Jackman para revelar sem parecer forçado -- de forma bem lenta -- como Wolverine se abre a novos relacionamentos e possibilidades para sua vida. O protagonista não encontra uma redenção e comemora um campeonato vencido ao final. Wolverine ainda segue com seus traços sombrios, mas ao menos acha um sentido para suas ações.

Fonte: UOL

Comentários