Segunda-Feira, 07 de Outubro de 2024

Vítimas de acidentes de moto são os que mais recebem próteses

Publicado em 11/07/2013
Por Marta Soares
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Os acidentes envolvendo motos deixam sequelas graves para os condutores. No Centro Integrado de Reabilitação (Ceir), em Teresina, a procura de próteses para as vítimas já é maior do que para pacientes que amputam partes do corpo por causa do diabetes. Na maioria dos casos, se os condutores de motocicleta usassem os equipamentos de segurança de forma correta poderiam diminuir o risco para saúde.

Um exemplo disso é o aposentado José Nilson, que há 27 anos sofreu um acidente de moto e teve que amputar a perna. “Trabalhava como motoboy e estava sem capacete quando fui atropelado por um ônibus que dilacerou a minha perna. Amputei o membro inferior esquerdo e ainda contei com um pouco de sorte por ter sobrevivido”, disse José.

De acordo com o superintendente do Ceir, Anderson Luz, nos últimos três anos houve uma mudança no perfil dos usuários de próteses. “Antes a demanda era maior para pessoas com diabetes, que em virtude da doença eram obrigados a amputar algum membro, mas hoje a maioria é fabricada para vítimas de acidentes com motocicletas”, revela Anderson.

Ainda segundo o superintendente, o perfil da maioria das pessoas que solicitam prótese ao Ceir são adultas entre 18 a 25 anos, vítimas de acidente de moto e naturais de cidades do interior do estado. "A cidade de Picos, no Sul do Piauí, tem uma quantidade substancial de solicitações, sendo a maioria vítimas de acidentes de motos e que não utilizavam equipamentos de proteção”, informou Anderson Luz.

O Hospital de Urgência de Teresina (HUT) é o local que recebe boa parte dos pacientes do Ceir e, segundo assessoria do hospital, de janeiro a 15 de julho de 2013 foram atendidos 6.913 vítimas de acidentes com motocicletas, sendo que 80% sofreram traumatismo porque não usavam capacete.

Para o instrutor de trânsito Francisco Sandro, existem equipamentos que são obrigatórios a todo condutor. “O capacete modular com selo do Inmetro e com viseira é obrigatório, além de roupa adequada e calçados que protejam o motociclista”, destaca o instrutor.

G1 PI

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