Acadêmicos de enfermagem e nutrição encontram dificuldades para estagiar

Os acadêmicos dos cursos de Nutrição da UFPI e de enfermagem da UFPI e UESPI de Picos têm encontrado dificuldades para estagiar, uma vez que o único hospital público da cidade, o Hospital Regional Justino Luz (HRJL), não oferece vagas suficientes para atender a demanda de estudantes. O estágio se revela imprescindível para os acadêmicos uma vez que trabalharão com a vida das pessoas.

A diretora da UFPI, Alveni Barros, informa que o problema se agrava uma vez que atualmente existem mais de 700 alunos nos cursos de Nutrição e Enfermagem, daí ela disse ter se sentido motivada para também participar da luta pela abertura da Policlínica e pela construção do Centro de Referência Médica de Picos. “Fiz a vistoria, me reuni com os professores da área de Saúde, e o problema é falta mesmo de espaço, foi aí que descobrir que tinha a Policlínica, mas não sabia que havia o novo hospital”, declarou.

Alveni informou ter se encontrado com os representantes da ONG Pró-Brasil quando pediu que os acadêmicos da UFPI utilizassem de forma parcial os ambulatórios, em conjunto com os professores, recebendo uma resposta positiva.

Atualmente os acadêmicos estão realizando seus estágios durante dois dias da semana, para assegurar que todos passem por esse momento importante da vida acadêmica, destacando que ainda há os estudantes da UESPI que também precisam estagiar. Lembrando ainda existem as escolas técnicas de enfermagem, cujos alunos também precisam passar por essa etapa acadêmica. “Então é muita gente para pouco espaço”, declarou a diretora.

Fica difícil trazer para Picos o sonhado curso de Medicina, que alguns setores da sociedade, em especial a classe média, defendem com tanta paixão. Se há dificuldade de estágio para os acadêmicos dos cursos de saúde já existentes na cidade estagiarem, o problema poderia se repetir para os acadêmicos de medicina.

O acadêmico de enfermagem da UFPI, Wemerson Fontes, expressou que o sentimento dos seus colegas de curso é de muita angustia, uma vez que o Hospital Regional é pequeno para garantir que todos possam estagiar. Ele alegou que gostaria de uma explicação do porquê da Policlínica não estar funcionando, bem como a paralisação das obras do novo regional.

Como as oportunidades de estágio são limitadas, Wemerson teme pela formação acadêmica. “Tem havido muita perda, especialmente para nós acadêmicos, realmente não tem sido muito correto dessa forma que está acontecendo. Esperamos que com a inauguração do Hospital e da Policlínica possamos ter mais oportunidades e sair um profissional melhor formado daqui”, declarou.