Segunda-Feira, 07 de Outubro de 2024

Moradores denunciam situação de ruas no bairro Ipueiras

Publicado em 05/07/2013
Por Marta Soares
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Situação das ruas/Marta Soares

O Folha Atual tomou conhecimento da situação precária de duas ruas projetadas localizadas no bairro Ipueiras. Uma rua está intrafegável por conta da falta de calçamento que transformou a rua em lama e a outra rua deixa os moradores ilhados devido a lagoa formada pela água antiga da chuva e de piscinas de casas próximas que são esvaziadas constantemente.

Segundo a secretária Glória Soares, que mora há dois anos na Rua Projetada 257, o pequeno trecho de calçamento que existe, foi pago por quatro moradores que só poderiam morar nas casas caso o calçamento fosse feito, já que as casas foram adquiridas através da Caixa Econômica Federal. O calçamento custou cerca de R$ 4.000,00 (quatro mil reais) aos moradores, segundo Glória.

Na frente da casa da secretária, há um terreno tomado pelo mato e que forma uma grande lagoa, impedindo que uma casa construída ao lado seja liberada pela Caixa Econômica. Glória nos informou ainda que a situação de outros moradores, que residem ao final da rua é ainda pior, já que o trecho sem calçamento, tomando pela lama, impede o tráfego de veículos e de pessoas: “quem mora mais ali pra cima precisa pegar outro caminho ou então enfrenta essa lama, correndo o risco de ficar atolado. A casa ali ao lado do terreno, nunca recebeu o morador, porque tem essa lagoa aí”, disse.

“Colocaram piçarra onde era menos necessário, simplesmente pra enganar a gente, o que é uma falta de respeito. Onde tinha mais necessidade, eles não tomaram providências. Essa lama traz muito mosquito, muita muriçoca e a gente não suporta mais isso”, disse dona Glória sobre o recente trabalho feito pela prefeitura no local.

Paralela à Rua Projetada 257, existe a Rua projetada 50, que vive situação ainda mais difícil. O Folha Atual conversou com a comerciante Vitória Custódia Neta, que reside há um ano e um mês na referida rua. Segundo ela, a família vive ilhada e convive com mosquitos, insetos, além de não poder receber visitas e de não poder sair ou entrar em casa à noite.

Dona Vitória lamenta a situação e diz que para sair de casa precisa passar entre o mato e a lama, por cima de pedras ou tábuas, colocando em risco à própria vida. “A gente abriu um pequeno caminho no meio no mato, colocamos tábuas e pedras para podermos passar e ainda temos que dar a volta por trás da cada de um vizinho”. O problema pode ficar ainda mais grave caso a chuva apareça: “a terra aqui é escorregadia, não vai dar pra passar e aí a gente vai ter que entrar na água para poder sair”.

A moradora diz ainda que se a situação não melhorar, a única alternativa será fechar a casa e alugar outra no centro da cidade. “Eu peço aos órgãos competentes que venham aqui olhar a nossa situação”, pede.

Uma residência que estava sendo construída ao lado da casa de dona Vitória teve as obras abandonadas devido aos inúmeros problemas. A lagoa já chegou a invadir parte da construção. “Eu até cheguei a oferecer ajuda ao dono da casa ao lado porque eu queria ter um vizinho, achei que com mais gente aqui as coisas poderiam ser resolvidas mais rapidamente, mas o dono da casa achou melhor não continuar a construção”. 

A água parada acarreta também danos à saúde: “eu tenho um neto de 4 meses e ele não vem aqui na calçada, quando a gente sai ou chega, fazemos de tudo para demorarmos o menos possível com ele aqui fora. O carro da saúde que passa com o veneno contra a Dengue não passa aqui, o que é outro problema”.

De acordo com a comerciante, a água que formou a lagoa é proveniente das últimas chuvas que Picos recebeu, além disso, a moradora informa que durante alguns finais de semana a situação fica ainda mais difícil, porque moradores de outras casas localizadas nas proximidades liberam a água utilizada em piscinas e o nível da lagoa sobe.

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