Terça-Feira, 08 de Outubro de 2024

Dias defende que países ricos compensem danos ambientais

Publicado em 08/09/2019
Por Jailson Dias
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O governador Wellington Dias participa da Cúpula dos Governadores dos Estados da Pan Amazônia/Divulgação

Ao participar nessa segunda-feira (28) da Cúpula dos Governadores dos Estados da Pan Amazônia, no Vaticano, o governador Wellington Dias (PT) defendeu a necessidade de países desenvolvidos serem obrigados a pagar uma taxa para fundos financeiros que visem compensar os danos causados ao meio ambiente.

Ele aponta que os países ricos e com alto padrão de consumo são os maiores responsáveis pela emissão de gás carbônico no planeta. Wellington lembrou que os países ricos são mais atrasados ambientalmente, do ponto de vista do ecossistema natural, já que basearam seu crescimento econômico no prejuízo ao meio ambiente.

“O mundo foi, ao longo de sua história, para um modelo de desenvolvimento centrado no desmatamento, na destruição do natural. No passado, a Europa, inclusive aqui no Vaticano, era [composto de] somente florestas”, frisou.

O governador aproveitou para criticar a ausência, durante o 11º Sínodo da Amazônia, encerrado no domingo, do debate sobre a recusa de vários países desenvolvidos em criar esse fundo financeiro, proposta defendida pelos Acordos de Paris, em 2015, e de Copenhague, em 2009. “Foi uma das grandes derrotas dos acordos e senti a ausência do sínodo em discutir o assunto”, comentou.

Propostas

Wellington Dias aproveitou a participação de autoridades brasileiras para fazer duas propostas ao Governo Federal. Uma de regularização fundiária com zoneamento ecológico e outra de subsídio a produtores de áreas de preservação.

“Se não tivermos prioridade nisso, certamente vamos ficar atrasados em decisões mais na frente”, prevê. O governador citou que já existem várias regiões do mundo e do Brasil que pagam subsídios para alguns objetivos, como manter agricultores familiares na Europa.

A ideia de Wellington é o governo dar subsídio aos produtores de áreas com resultado econômico menor, como em florestas do tipo amazônica. “Com isso, eu crio um estímulo para a geração de uma renda que possa conviver com o meio ambiente e crio [também] uma consciência ambiental”, explicou.

Por: Natanael Souza

 

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