Terça-Feira, 29 de Abril de 2025

Pequenos agricultores defendem vinda de médicos estrangeiros para o Brasil

Publicado em 03/07/2013
Por Jailson Dias
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Agricultores criticam atendimento médico/Jailson Dias

A última manifestação ocorrida em Picos, no dia 11 de julho, fazia parte do Dia Nacional de Lutas, liderado pelas centrais sindicais, mas em Picos a concentração popular foi encabeçada pelo Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), que carregavam faixas com palavras de ordem em apoio ao programa “Mais Médicos” do governo federal, que preconiza pela vinda de médicos estrangeiros para o país como forma de suprir a escassez de mão de obras nesse setor.

Em entrevista a equipe de reportagem do Folha Atual os agricultores expressaram o seu sentimento quanto a esse programa, entendendo-o como algo que venha a trazer benefícios a população da região de Picos. A agricultora Maria das Graças, 60 anos, criticou o trabalho prestado pelos médicos, afirmando ser vítima de preconceito.

“Geralmente quando chega alguém, uma pessoa, agricultor, se não tiver dinheiro, não somos atendidos com boa vontade. Nós agricultores somos uma classe trabalhadora, nós somos pobres, não temos dinheiro constante para pagar uma consulta, nossos acesso é pelo SUS (Sistema Único de Saúde)”, declarou.

Sem esconder a angústia a senhora Maria das Graças lamentou, sobretudo pelo atendimento recebido quando adoece, que segundo ela, não é o ideal. Ela disse que em algumas situações a primeira consulta não resolve o problema, tornando obrigatório procurar outros médicos.

O agricultor, Adão Cecílio de Freitas, 51 anos, também se diz insatisfeito com o atendimento médico que é dispensado a ele e outros trabalhadores rurais. Ele entende que a vinda dos médicos estrangeiros é correta por oferecer a possibilidade de mais atendimentos para a população. “Eles (os médicos) teriam de fazer bem a parte deles para querer que os estrangeiros não venham”, desabafou.

Além do programa “Mais Médicos” o governo federal adotou outra medica polêmica que trata sobre a ampliação do curso de medicina para oito anos, dos quais os dois últimos anos seriam destinados ao atendimento da população. O Conselho Nacional de Medicina se mostrou francamente desfavorável às duas proposições.

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