Sábado, 05 de Outubro de 2024

Após nova cirurgia, Rômulo descarta Copa 2014: 'Será superado'

Publicado em 30/06/2013
Por Marta Soares
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Rômulo ao lado de Neymar, Lucas e David Luiz. Com exceção do piauiense, trio esteve na conquista da Copa das Confederações/Divulgação/CBF

30 de junho de 2013. Nesta data, a Seleção Brasileira conquistava o tetracampeonato da Copa das Confederações. O título marcou uma nova era do time canarinho, que renovou as esperanças para o hexacampeonato mundial em 2014. De muito longe, o volante Rômulo, do Spartak Moscou, acompanhou a avassaladora vitória sobre a Espanha. Mas bem que ele gostaria estar no campo do Maracanã. Poderia... Se não fosse a lesão no ligamento cruzado anterior do joelho direito.  Em Roma, neste mesmo dia, o jogador se recuperava da nova cirurgia – a segunda em menos de nove meses. O jeito foi se contentar assistindo pela TV. O triunfo verde-amarelo fez Rômulo vibrar, comemorar (não muito diferente dos demais torcedores). Porém, ficou aquela sensação: ‘Poxa!’.

Destaque no meio campo do Brasil em 2012, Rômulo voltou à mesa de operações em junho deste ano. Um incômodo no joelho, sentido durante um treino de velocidade, fez o jogador passar por uma bateria de exames até ser diagnosticado uma instabilidade no ligamento reconstruído no final de setembro do ano passado em Pforzheim, na Alemanha. Para não comprometer a cartilagem, os médicos optaram em refazer o procedimento. Desta vez, em Roma. 

- Não estava com uma confiança 100%. Em alguns momentos, ficava com a sensação que o joelho queria sair do lugar. O joelho não estava fixo. E, além disso, não estava me sentindo bem, apesar das dores serem suportáveis. Tinha medo de o joelho romper – relatou o atleta. 

Após a nova intervenção, o tempo de retorno aos gramados é de seis meses. Se a primeira cirurgia ‘desfalcou’ Rômulo da Copa das Confederações, a segunda pode deixá-lo longe da Seleção na Copa de 2014. Esse pensamento, aliás, parece bem claro para o piauiense: reconquistar o espaço perdido vai demorar um pouco. E o tempo, infelizmente, joga contra.

- É difícil de falar em Seleção, complicado para qualquer jogador. Não sei se poderia ser convocado ou não. Acredito pelo que vinha mostrando tinha a oportunidade de ser chamado. Mas a lesão atrapalhou. Não houve uma frustração por não atuar, tranquilo quanto a isso. Torci pelos meus companheiros, até porque já estive na Seleção com boa parte deles. Mas fiquei triste, pois tinha a vontade de estar ali – comentou Rômulo.

No momento, ele descarta um retorno ao time brasileiro para o Mundial no Brasil.
- 2014? Não sei. O processo de recuperação e reabilitação demora. O problema não é apenas voltar a jogar, mas sim retomar a confiança. Para isso, existe um tempo de cinco a seis meses. É difícil  – completou o jogador.

Fora o esforço de ganhar o mesmo ritmo da temporada de 2012, Rômulo tem mais um desafio, que parece ser maior: ganhar a confiança do técnico Luiz Felipe Scolari. O volante não teve tempo para se ‘apresentar’ ao comandante da Seleção. Quando Felipão assumiu o cargo de treinador, o jogador já havia lesionado o joelho durante o Campeonato Russo. Na lembrança, ficou apenas o currículo da época em que era figura constante da Seleção de Mano Menezes: 15 jogos, dois gols e participação nos Jogos Olímpicos de Londres.

- Com fé em Deus, irei voltar. Nada de adeus! Tá, doido? Vou continuar com meu trabalho. O momento de uma lesão é ruim. Tenho que manter a cabeça tranquila, não posso me desesperar – afirma Rômulo, de 22 anos.

Exercícios, fisioterapia e apoio em casa
Apesar da fase nada agradável, Rômulo acredita em uma virada. Será no aconchego da sua filha Nycolly, de quatro anos de idade, da esposa Jéssica e da família em Picos, cidade natal do volante localizada a 306 km de Teresina, capital do Piauí, que o jogador garante reunir forças para esquecer de vez a lesão e voltar à rotina que estava acostumado: treinos no Spartak, jogos... E gols. 

- Confesso que não me adaptei a essa vida de hospital. É muito ruim, mas vou ficar bom logo. Já estou melhor, fazendo exercícios e fisioterapia. Estou me sentindo mais firme, seguro. Vai ficar tudo bem, pois buscarei a superação junto com ajuda da minha família. Eles me colocarão no foco, fundamental para não ficar triste. Vou correr atrás, focar na recuperação e me esforçar ao máximo. É o que eu quero neste momento – garante Rômulo.

Globo Esporte

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