Moradores do bairro Junco reclamam do barulho e da tomada da praça pública por bares

Os moradores da Rua Miguel Lidiano, bairro Junco, estão reclamando da situação verificada durante todas as noites na praça de mesmo nome, onde estaria havendo o abuso de som automotivo e da tomada do espaço público pelos bares que se localizam nas redondezas. Além do incomodo volume dos automóveis à noite, os moradores reclamam que estaria difícil caminhar na praça devido a grande quantidade de mesas de bares nas imediações.

Os moradores da rua informam já ter buscado ajuda no 4° Batalhão de Polícia Militar (4° BPM) e no Ministério Público, onde foram aconselhados a também procurar os vereadores na Câmara Municipal de Picos. Atendendo o conselho eles estiveram no plenário Vereador Pedro Barbosa, na sessão ordinária realizada na tarde da quinta-feira (27/08), pedindo apoio dos parlamentares picoenses.

Firmino Cipriano da Silva, presidente da Associação de Moradores do bairro Junco, diz que a situação é mais crítica porque nas imediações da praça fica o posto de saúde e as escolas Miguel Lidiano e Mário Martins, cujos diretores, professores e alunos também têm sido incomodados com essa situação durante o período noturno. Os alunos tem sentido dificuldades em assistir aula devido às altas músicas emitidas pelos automóveis.

“Nós não estamos denunciando dono de bar, não queremos que eles parem com o comércio deles, mas que retirem aquelas cadeiras e mesas da praça e não incomodem as pessoas na hora de dormir, ou assistir uma aula, só queremos controle”, comentou.

Moradora da Rua Miguel Lidiano, a vendedora Luciana Belém Moura, reclama do abuso do som emitido pelos automóveis, que além de excessivamente alto, parece não dar uma trégua em nenhum dia da semana, podendo ser verificado de “segunda a segunda”.

“Nós não queremos acabar com o comércio de ninguém, queremos o nosso sossego, que tínhamos no passado. São quatro bares, e todos incomodam, porque se eles vendem as bebidas, o som está vindo de quem consome a bebida lá”, protestou.

Os moradores, estudantes e professores já chegaram a realizar um abaixo-assinado pedindo providências urgentes para a rua. “Nós não temos mais acesso a praça, só temos acesso à quadra, e geralmente tem gente jogando bola por lá”, lamentou.

Ocasionalmente a Polícia Militar passa pela praça para fiscalizar o movimento, mas tão logo se retiram, o som dos automóveis é ampliado, em claro desrespeito. Os moradores também temem pela segurança uma vez que por ser um ponto de consumo de álcool, não raro, acontecem brigas. Por ser usada constantemente por jovens e por épocas passadas a iluminação não ser das melhores, a Praça Miguel Lidiano chegou a ganhar um apelido pejorativo relacionado a atos ilícitos que aconteciam por lá.