Manifestação contará com o apoio da PM e do Ministério Público

Na manhã desta quinta - feira, dia 04, representantes dos estudantes universitários e que fazem parte da organização da manifestação que será realizada hoje em Picos, estiveram reunidos com representantes do Ministério Público e com a Polícia Militar para definir pontos referentes à segurança. A reunião, que foi realizada no Fórum Senador Helvídio Nunes de Barros, teve início às 10h, durou pouco mais de uma hora e nenhum representante da administração municipal esteve presente.

A concentração da manifestação está prevista para às 16h na Praça Félix Pacheco e de lá os manifestantes irão se deslocar até o Palácio Coelho Rodrigues, sede do poder público municipal. Lá, um documento com a pauta das reivindicações será entregue ao poder público municipal.

Com pautas que prezam por mudanças e melhorias locais, a manifestação está sendo organizada pelos estudantes universitários (UESPI, UFPI, RSA e IFPI), mas contam com a participação de diversos grupos sociais, como o MPA - Movimento dos Pequenos Agricultores, UMP - União das Mulheres Piauienses, núcleo de Picos e Sindserm - Sindicato dos Servidores Municipais.

Segundo o coordenador de formação política do DCE - Diretório Central dos Estudantes da UFPI, campus de Picos, Maurício Martins, dentre as reivindicações está o funcionamento permanente da Delegacia Especializada da Mulher, saneamento básico, abertura imediata da Policlínica, 10% do PIB estadual para a UESPI e a aceitação das carteiras estudantis para meias passagens, dentre outras.

Maurício registra que não será permitida a participação de manifestantes com bandeiras de partidos políticos, porém, caso haja a presença de manifestantes em posse de bandeiras partidárias, o bom senso do manifestante em questão deverá prevalecer: “nós pedimos para que as pessoas não levem bandeiras políticas, que hoje as bandeiras sejam deixadas em casa para que a gente possa mostrar que essa manifestação vai além dos partidos políticos”, afirmou.

O promotor Maurício Gomes de Sousa, conheceu na reunião a pauta da manifestação e afirmou que a manifestação é legítima e faz parte do direito do cidadão. Lembrando atos de vandalismo que ocorreram em manifestações de outras cidades, o juiz alertou para que a organização esteja atenta a grupos que queiram praticar atos de depredação do patrimônio público ou crimes como furtos e roubos. Por conta disso, apenas uma comissão de 8 a 10 pessoas, formada por membros de cada segmento, entregará o documento com as reivindicações a um representante da prefeitura. 

Segundo o comandante do 4º BPM, tenente coronel Wagner Torres, a medida visa coibir possíveis atos de vandalismo que depredem o patrimônio público e ponham em risco os arquivos importantes mantidos na sede da PMP.

Policiais Militares estarão à paisana no meio na manifestação portando câmeras para registrar os possíveis atos de vandalismo, assim será possível identificar o autor, ou autores, de crimes desta natureza.

O horário previsto para a saída da manifestação coincinde com o horário da sessão realizada na Câmara Municipal. De acordo com Maurício Martins, a escolha do dia e da hora da manifestação não foi feita aleatoriamente e afirmou que caso os vereadores realizarem alguma manobra para cancelar a sessão, outras manifestações serão marcadas até que o objetivo dos manifestantes sejam atendidos: “nós não escolhemos esta data e este horário por acaso. O auditório da câmara é a casa do povo e a nossa intenção é entregar as nossas demandas para o Poder Executivo da cidade e para o Poder Legislativo. Tem muito político da cidade dizendo que a nossa manifestação é fogo de palha, mas eles estão enganados, nós vamos apontar quem está contra a sociedade e vamos denunciar quem vota contra o estudante. A gente só vai parar quando atingirmos nossos obejtivos”, disse.