Quarta-Feira, 09 de Outubro de 2024

Prefeitura nega participação em negociações para privatizar o abastecimento de água de Picos

Publicado em 04/02/2019
Por Jailson Dias
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Procurador Geral Maycon Luz/Jailson Dias

A Prefeitura de Picos, através da sua Procuradoria Geral, negou que esteja participando de qualquer processo referente a privatização da concessão do abastecimento de água da cidade. Nesta semana, o Sindicato dos Urbanitários está espalhando outdoors nas vias públicas informando que o município quer privatizar o abastecimento de água, que hoje pertence a AGESPISA, única empresa estatal do Piauí.

Em entrevista ao Folha Atual o diretor do Sindicato dos Urbanitários – Regional de Picos, Francisco Casimiro, informou que apesar do Governo do Estado explorar o serviço de abastecimento de água, a propriedade é do município, daí que se a prefeitura quisesse passar essa concessão para uma empresa privada, constitucionalmente seria possível.

Ele cita como exemplo o que aconteceu com Teresina, cujo abastecimento foi privatizado há alguns anos. “Inclusive noticia-se que a mesma empresa (Águas de Teresina), que opera hoje na capital, que acabou com a tarifa social, que aumentou o valor do esgotamento sanitário, aqui será a mesma coisa”, explicou.

Sindicalista Francisco Casimiro

Em contrapartida, o procurador geral da Prefeitura de Picos, advogado Maycon Luz, afirmou que a concessão do abastecimento de água da cidade foi renovada pelo ex-prefeito Gil Paraibano por um período de 30 anos, portanto, ainda vigente. “Então a concessão está em poder do Estado, e sobre uma questão de privatização, todo mundo sabe que onde o governo detém a concessão, está privatizando, a exemplo de Teresina, como em outras cidades do Piauí”, declarou.

Maycon enfatizou que o prefeito Pe. Walmir Lima (PT) não tem participado de negociações quanto a privatização do abastecimento de água, caso essas negociações estejam ocorrendo. “Essa discussão está em nível estadual, então, estão querendo imputar uma culpa para o prefeito que ele não tem”, frisou.   

Maycon disse que o sindicato deveria procurar o Governo do Estado para debater essa possível privatização.                                                                                                             

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