“Polícia Legal” ainda não atingiu os objetivos, mas movimento continua

O movimento “Polícia Legal” organizado pelos agentes da Polícia Civil do Piauí já vem se desenvolvendo há alguns meses, mas até agora ainda não atingiu os principais objetivos que variam desde a melhoria da estrutura de trabalho até o reajuste dos agentes de polícia que reclamam da disparidade salarial dentro da força policial. Apesar das dificuldades o movimento continua com os agentes buscando melhorias para a polícia.

O diretor do Sindicato dos Policiais Civis do Piauí (Sinpolpi), regional de Picos, Joel Raimundo informou que algumas medidas foram tomadas, como a reposição de novas viaturas postas em circulação, mas ainda faltam coletes a prova de balas, carros-cela – necessário para recambiar presos – munições, ausência de reciclagem para os policiais que deveriam ser treinados constantemente no uso das armas de fogo. “Está muito longe da condição de funcionar de forma eficaz para servir a sociedade”, lamentou.

A recente visita do delegado geral da Polícia Civil teria trazido algumas melhoras, como o reforço dos agentes, que atualmente chegam a 16 e mais três escrivães, mas nada que venha a atenuar o movimento.

A disparidade salarial entre agentes e delegados também é uma das bandeiras de luta do “Polícia Legal”. “Nós reivindicamos, primeiramente, a estruturação da Polícia Civil que está abandonada, sobretudo em Picos, e também a correção de uma diferença salarial entre o maior e o menor dentro da polícia. Nós tínhamos uma diferença de apenas 30% para com os delegados e hoje, só o aumento do que foi dado para os delegados é o dobro dos salários para o agente de polícia”, Joel Raimundo.

O sindicalista também criticou a recente ação da Polícia Militar em Picos, alegando que se trata apenas de uma medida paliativa uma vez que a vinda do reforço de 40 soldados é temporária. “Dessa forma acho que está é atrapalhando as investigações. Então, em um período desse aí qual é o delinquente que vai ficar exposto, ele fica é recolhido, aguardando o momento de regresso para eles voltarem e atacar”.

No final do mês de maio os policiais civis do Piauí rejeitaram a proposta do governo do estado que oferecia um reajuste salarial de 90%. A categoria apresentou uma contraproposta para que até 2015 o salário do servidor em fim de carreira seja equivalente a 60% do valor do salário de um delegado.