Terça-Feira, 08 de Outubro de 2024

Piauí dará início a coletas para montagem de banco de dados com perfis genéticos de presos

Publicado em 31/07/2018
Por Jailson Dias
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Colônia Agrícola Major César/ reprodução internet

O Piauí inicia, nesta quinta-feira (12), as coletas de material biológico de presos condenados para a montagem de um banco de dados que dará suporte a ações destinadas à apuração de crimes. Os trabalhos serão realizados por uma equipe composta por quatro peritos criminais da Secretaria de Segurança e cinco enfermeiros dos quadros da Secretaria de Justiça.

A ação marca o início da contribuição e participação do Piauí no Banco Nacional de Perfis Genéticos, regulado pela Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos, ligada à Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça. A lei 12.654/2012 torna obrigatória a coleta de amostras para identificação genética de criminosos condenados por crimes violentos contra a pessoa, crimes hediondos e equiparados.

A primeira unidade prisional visitada será a Colônia Agrícola Major Cesar Oliveira (entre Teresina e Altos), onde 257 detentos passaram pelos procedimentos de coleta. Nos demais presídios do estado, os recolhimentos serão realizados durante o ano de 2019.

“Vai ser aos poucos porque a equipe é pequena. Durante o próximo ano vamos fazer um cronograma, durante todos os meses, pra ir coletando aos poucos nas unidades prisionais de todo o estado”, afirmou a perita criminal Adilana Gomes, integrante do projeto e coordenadora da implantação do Instituto de DNA Forense do Piauí.

O Estado receberá, em virtude da execução do projeto, cerca R$ 3 milhões em equipamentos para a criação do Instituto de DNA Forense, o que possibilitará que exames periciais que precisem de confronto genético sejam realizados com mais brevidade. “Nós não possuímos um laboratório de genética forense, por isso não fazíamos parte ainda da rede integrada”, explicou Adilana.

Com o laboratório poderão ser sanadas duvidas quanto à autoria de um crime sexual, identificação de ossadas, autoria de outros crimes que deixem vestígios biológicos, entre outras possibilidades.  

A previsão é de que sejam inseridos, durante o ano de 2019, cerca de 1100 perfis genéticos oriundos de condenados. O último relatório da RIBPG aponta que já foram inseridos 13.197 perfis genéticos entre perfis de condenados e oriundos de vestígios de cena de crimes, que auxiliaram mais de 560 investigações em todo o Brasil.

A coleta do material genético é rápida, indolor e não invasiva.

Fonte: portalaz.com.br

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