Terça-Feira, 29 de Abril de 2025

Terceirizados da UFPI paralisam e mais de 4mil refeições deixam de ser servidas no campus

Publicado em 07/06/2013
Por Marta Soares
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Um dos cartazes informando o problema no RU da UFPI Picos/Marta Soares

Os servidores terceirizados que trabalham no Restaurante Uiversitário - RU e na limpeza e manutenção da UFPI, campus de Picos, estão em greve desde esta terça-feira, dia 11. Isso porque salários atrasados há dois meses e faltam equipamentos pessoais para trabalhar. O restaurante serve até 4 mil refeições diárias, entre almoço e janta, a estudantes, professores e funcionários.

Quem chegou para almoçar ou jantar na segunda e na terça feira no restaurante Universitário da Universidade Federal do Piauí - Campus de Picos encontrou este aviso: “Fechado. Estamos em greve”. Os 31 funcionários que trabalham no RU da instituição deflagraram greve por conta de dois meses sem pagamento.

Além dos funcionários do Restaurante Universitário, mais 25 funcionários que trabalham na limpeza e manutenção do campus também cruzaram os braços. Eles alegam que além  dos salários atrasados, também estão sem receber dois meses de Vale transporte, um mês de ticket alimentação e não possuem equipamentos pessoais de trabalho, como máscaras, luvas higiênicas e botas para trabalhar.

Atualmente, os funcionários são terceirizados através da Empresa MAFRA. Eles contam que já tentaram contato com a empresa, mas nunca foram atendidos, segundo Eudes Gomes , que é auxiliar de Serviços Gerais UFPI Picos.

O problema não abrange apenas o campus de Picos, mas também o de Teresina, Floriano, Parnaíba e Bom Jesus. Mesmo sendo prejudicados pela falta das refeições, os alunos estão apoiando a greve, como informa o coordenador político do DCE - Diretório Central dos Estudantes, Mauricio Martins (foto abaixo): “Esses funcionários são quem garante o funcionamento da universidade, se não fosse pelo trabalho dessas pessoas, a universidade não teria como nos receber em sala de aula e não teria condição de nos alimentar. Além do mais, numa universidade que tem um dos maiores recursos do Estado, esses pais e mães de família passarem pelo constrangimento de não poder alimentar as suas famílias é inadmissível”.

A universidade  já notificou a empresa e deu um prazo de 24 horas para que o pagamento seja regularizado, caso não aconteça o contrato poderá ser cancelado. O Folha Atual conversou com Clarissa Costa (foto abaixo), responsável pela empresa em Picos, segundo ela os pagamentos serão feitos: “Todas as providências já foram tomadas, a direção do campus já notificou a empresa e nos informaram que estão se organizando, mas que até a sexta-feira estaria com tudo pago, desde os vales transporte e alimentação até os salários”.

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