Segunda-Feira, 17 de Novembro de 2025

Fiscais prometem analisar licença ambiental de empresas que escavam morros de Picos

Publicado em 23/06/2018
Por Jailson Dias
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Morro escavado próximo a Av. Severo Eulálio/Jailson Dias

A visão de máquinas pesadas escavando morros em Picos, inclusive na zona urbana da cidade, se tornou comum para todos. Muitas pessoas se questionam se as empresas responsáveis por esse serviço possuem a licença ambiental. Segundo o fiscal da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, João Carlos, as licenças foram concedidas, mas eles vão analisar se as empresas estão agindo de acordo com o que prometeram.

“É algo que já vinha sendo feito. Vamos olhar os relatórios ambientais dessas empresas e se certificar se elas estão cumprindo com esses relatórios, que delimitam toda a logística da obra em si, pois se ela fugir da licença, do que está previsto no relatório de impacto ambiental, a obra é imediatamente embargada e a empresa tem a obrigação de fazer uma compensação ambiental pelos danos causados”, declarou.

João Carlos comentou ainda que o problema da escavação dos morros é recorrente na cidade há décadas, mas passou a ser tratado com mais intensidade nos últimos anos, uma vez que aumentou a consciência ambiental de parte da sociedade. Ele garante que a secretaria está revendo todas as licenças ambientais para saber se estão mesmo cumprindo a lei.

Para poder realizar determinadas obras que possam causar impacto ambiental, as empresas elaboram relatórios que são entregues a Secretaria de Meio Ambiente para assim poder receber a licença ambiental. Nesse documento devem constar inúmeros detalhes, como altura do morro, vegetação, se a empresa pode fazer o trabalho, só após aprovação, caso tudo esteja dentro da lei, a licença é expedida.

 

Fiscal ambiental João Carlos

Os morros, que deram nome a cidade, são áreas de preservação ambiental, segundo a legislação nacional. Em Picos essa situação ganha contornos mais dramáticos uma vez que muitas residências foram construídas nas encostas e no alto dos morros. A retirada de terra de sua base pode não apenas comprometer o meio ambiente, como por em risco a vida de quem habita as imediações.

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