Segunda-Feira, 17 de Novembro de 2025

Picoenses comentam possibilidade da liberação da arma de fogo para a população

Publicado em 20/06/2018
Por Jailson Dias
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Maria Bezerra, Antônio Abraão e Antônio Carlos/Jailson Dias

Um dos temas que dominou esse período eleitoral foi a possibilidade da revogação ou alteração do Estatuto do Desarmamento e a instituição de uma nova lei que garantiria ao cidadão civil portar armas de fogo, como revólveres, pistolas e espingardas. Essa foi a principal proposta do candidato eleito a Presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), que, contudo, precisará ser aprovada no Congresso Nacional para ser de fato implementada. Como se sabe, medidas assim não passam da noite para o dia.

O Folha Atual foi às ruas para saber o que a população pensa sobre a possibilidade de ter uma arma. Alguns opinaram que seria uma medida válida, pois traria mais segurança para o cidadão comum, enquanto outros pensam que os crimes e a violência podem aumentar, pois não é tão simples portar uma arma de fogo.

Esse é o entendimento da estudante Maria Bezerra, 29 anos. Ela comentou que o armamento da população seria errado, caso a motivação seja coibir a criminalidade. “Às vezes até uma criança pode pegar uma arma pensando que é um brinquedo e pode acontecer uma tragédia, o que vai resultar em culpa para os pais e para a família inteira. Sei que a violência é crescente, mas o que se deve fazer é buscar políticas públicas que mantenham a paz”, opinou.

O mototaxista Antônio José Abraão dos Santos, 41 anos, pensou de forma semelhante. “Eu não acho legal, tiro por mim, pois não saberia como manusear uma arma de fogo, acho que vai dar muita confusão”, comentou.

Por outro lado o operador de máquinas, Antônio Carlos Ferreira dos Santos, 24 anos, entende que a medida é correta, desde que haja o devido controle junto aos órgãos policiais. “Se for tudo documentado e todo mundo andar certo, acho que seria muito bom”, declarou.

O Estatuto

Nossa equipe conversou com o advogado e professor de direito Rodrigo Leal sobre o assunto. Ele informou que o Estatuto do Desarmamento prevê a “posse” da arma de fogo para o cidadão, desde que sejam cumpridos requisitos básicos, como não ter ficha criminal. Em contrapartida, o “porte”, ou seja, quando a pessoa anda pela rua com uma pistola ou revolver é vedada aos civis, permitindo-se apenas aos policiais, agentes penitenciários, militares, agentes de trânsito em cidades com mais de 200 mil habitantes e produtores rurais que morem em lugares isolados.

 

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