O Folha Atual foi informado através de Antônio Carlos Lavor, agente da penitenciária regional José de Deus Barros, sobre a recusa do médico Mauro César Luz, que cumpre plantão no Hospital Raegional Justino Luz, no atendimento do preso Aristerdam de Araújo Sales, de 35 anos.
O detento nos disse que está com um furúnculo na região glútea e que esperava ser atendido no hospital: “eu esperava ser atendido, mas o médico falou que na penitenciária tinha médico e que não era papel dele atender a gente”, falou. Desde ontem que o referido preso busca atendimento no Hospital Regional, mas não consegue ser atendido.
Segundo Antônio Carlos (foto abaixo), esta não foi a primeira vez que o médico se recusou a atender um presidiário que precisou de atentimento médico.”Nós chegamos com este detento ao Hospital Regional Justino Luz e o dr. Dortelásio nos pediu que procurasse o Dr. Mauro César Luz. Dr. Mauro disse que só atenderia facada e tiro e Dr. Dortelásio pediu que a gente esperasse que ele ia acabar atendendo”, falou. Após espera de mais de meia hora, o detento não foi atendido. Com isso, o agente e o preso se dirigiram até a Delegacia Regional para registrar Boletim de Ocorrência: “esta é a terceira vez que esse médico age assim”, finalizou.
Diante da denúncia, o Folha Atual foi até o Hospital Regional Justino Luz para ouvir o que tinha a dizer o médico Mauro César Luz. Ao chegarmos fomo informados de que o médico estava na sala de repouso, pedimos então que ele fosse chamado para esclarecer o ocorrido.
Mauro César Luz, que é médico pneumologista, confirmou a recusa do atentimento ao detento e afirmou que esta não foi a primeira vez que isso aconteceu. “O agente que estava companhando o tal preso não trabalha no hospital, mas chega e vai até a sala de repouso atrás de médico e fica insitindo”. Dr. Mauro disse ao Folha Atual que não é sua função atender presidiário, porque a penitenciária deveria ter um ambulatório para esse tipo de atendimento. “Se vier uma determinação da direção dizendo que eu tenho que fazer atendimento ambulatórial pra penitenciária aqui, eu faço, mas caso contrário, eu não faço. Se algum médico faz isso aqui, ele faz um favor e eu não tô aqui pra fazer favor, tô pra atender a quem precisa”.