A população picoense tem elogiado o veto da Justiça Eleitoral a utilização de veículos de propaganda volante sonora durante o período eleitoral. A equipe do Folha Atual foi às ruas e conversou com algumas pessoas sobre o que elas tem achado dessa nova fase da campanha política, uma vez que até o último pleito, de 2016, ainda era permitido que automóveis, motocicletas e bicicletas acoplassem caixas de som e anunciassem nomes e números dos candidatos. O barulho era tanto que uma simples volta pelo centro da cidade se tornava um verdadeiro desafio à sanidade.
A medida que proibiu o uso desse tipo de propaganda foi baixada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no ano de 2017. A resolução N°23551/17 especifica, contudo, que esses veículos podem ser usados em determinadas situações como comícios, passeatas e carreatas políticas. E mesmo em tais eventos determinados, os donos de veículos de propaganda sonora precisam retirar a licença na Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Picos para ter o direito de trabalhar. Ainda é preciso lembrar que há horários e locais onde os comícios podem acontecer. O máximo permitido é até meia-noite, sendo vetadas vizinhanças de escolas e hospitais.
Para o estudante de Jornalismo, Gustavo Dantas, a proibição da propaganda sonora durante a campanha eleitoral é uma medida democrática, pois iguala a disputa eleitoral, uma vez que nem todos tem o mesmo poder aquisitivo para investir na campanha. “Eu acho que melhorou; não está tão justo quanto deveria, mas diminuiu essa questão de quem tem mais dinheiro consegue mais divulgação e mais votos”, declarou.
Fonte: Gustavo Dantas
Ele também comentou que essa proibição contribuiu para a não elevação da poluição sonora na cidade, coisa que é muito característica, independente do período ou época do ano. “Houve um manter da poluição normal como vem sendo, e não a elevação como acontecia quando tinha os carros de som”, comentou.
O mototaxista Ivanilson Holanda, 41 anos, que trabalha há 18 anos explorando esse serviço no centro de Picos também elogiou a proibição afirmando que a situação está bem melhor. “Ainda bem que acabou a poluição sonora, pois agora está melhor e muito. Era um atrás do outro, um carro de som atrapalhando o outro”, declarou.
Ivanilson Holanda
Enxugando
Desde 2004 a Justiça Eleitoral vem enxugando a propaganda política durante o período eleitoral, começando com a proibição dos “showmícios”, vindo posteriormente a proibição dos incômodos cavaletes, da pintura em muros e estabelecimentos privados. Na eleição de 2016 o tempo da campanha foi reduzido de 90 dias para 45. Ninguém reclamou.