A situação da Polícia Civil de Picos já é bem conhecida da população picoense, mesmo daqueles que nunca precisaram se dirigir a Delegacia Regional para confeccionar um Boletim de Ocorrência. (B.O). Após passar duas semanas realizando a correição da Comarca de Picos o desembargador Erivan Lopes declarou que os principais problemas identificados hoje estão no trabalho da Polícia Civil, que no seu entender, passa por um verdadeiro colapso.
Para chegar a essa conclusão ele lista alguns dos problemas identificados: uma única delegacia regional para atender 14 municípios; apenas três delegados, escrivãos e investigadores em número insuficiente; inquéritos sem solução; ausência de perícia técnica; exame cadavérico realizado por um médico fora de uma estrutura da polícia; ausência de Instituto Médico Legal (IML).
“Isso tem dificultado muito a repressão as organizações criminosas que dominam Picos principalmente na questão do tráfico. Em termo de matéria criminal o percalço hoje está na Polícia Judiciária (Polícia Civil)”, declarou.
O desembargador Erivan Lopes atribui responsabilidade pela ineficiência do trabalho da Polícia Civil a falta de estrutura oferecida pelo Estado. “A questão também dos prazos processuais que esses sim, têm dado casos a soltura de alguns presos. Nós já estivemos com o Secretário de Segurança e ele prometeu que em dez dias a solução seria apresentada e nós estamos no aguardo”.