Seu nome é Letícia Nonato Lima. Ela tem apenas 17 anos, mas já deixou seu nome na história do atletismo da região.
Neste domingo (29), a delegação do Piauí encerrou sua participação no Troféu Norte-Nordeste de Atletismo, em Recife (PE), com 11 medalhas de ouro, três de prata e cinco de bronze.
Dos 11 ouros, dois são de Letícia (100 e 200 metros rasos) e outros dois tiveram a participação dela (revezamentos 4x100m e 4x400m).
No sábado (28), a velocista já havia se tornado a mais rápida do Norte e Nordeste em toda a história, ao quebrar o recorde dos 100 metros rasos, estabelecido antes mesmo de ela nascer.
Na manhã de hoje, Letícia voou mais uma vez na pista e quebrou mais um recorde - dessa vez, com uma simbologia maior.
A melhor marca dos 200 metros rasos na região era de Maria Magnólia Souza Figueiredo, velocista potiguar que representou o Brasil em dois Jogos Olímpicos e outras competições internacionais. É uma referência no atletismo nordestino.
O melhor tempo de Magnólia na prova foi de 23seg93, marca que completaria 20 anos no próximo 9 de agosto.
Letícia Lima correu os 200 metros em 23seg85, e o recorde de 1998 virou poeira. É a história sendo reescrita.
Campanha excepcional
Com 16 atletas, o Piauí foi vice-campeão geral do torneio. Correndo em casa, e naturalmente com uma equipe maior, Pernambuco foi o campeão. Os piauienses ainda levaram a melhor nos pódios masculinos e foram vice-campeões no feminino.
O Piauí ainda teve os dois melhores atletas do torneio.
Luís Fábio Silva foi escolhido após conquistar o ouro no arremesso de peso e nos lançamentos do dardo e disco - neste último com quebra de recorde que durava 12 anos.
No feminino, Letícia Lima foi escolhida a melhor atleta da competição. Não preciso explicar de novo os motivos.