Domingo, 06 de Outubro de 2024

Propaganda volante sofre fiscalização, mas ainda incomoda

Publicado em 30/05/2013
Por Jailson Dias
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Barulho pelo centro de Picos ainda incomoda/Jailson Dias

O abuso no volume do som dos veículos de propaganda volante parece ser um problema insolúvel. Tentar conversar no Centro de Picos deixa de ser uma tarefa fácil uma vez que o diálogo deve ser constantemente interrompido enquanto os veículos de propaganda trafegam. Cadastro realizado pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos constatou a existência de pelo menos 56 veículos destes verificados na cidade, embora nem todos estejam circulando.

Para pessoas que passam muito tempo no centro comercial, o barulho já não parece incomodar tanto, é o caso do comerciante Joaquim de Oliveira Lopes Neto, mais conhecido por “Quincó”. Dono de uma banca de revista na Praça Félix Pacheco, ele acha que a intensidade do volume diminuiu levemente nos últimos tempos. “Já foi muito pior”, sintetiza.

Já a professora do IFPI, Ana Karina Sampaio, que reside no bairro COHAB ainda se incomoda quando vem ao centro de Picos. Morando na COHAB e trabalhando no Pantanal, ela não sente com tanta intensidade os efeitos da poluição sonora, mas ainda estranha quando tem de resolver assuntos pessoais no centro da cidade. “Quando vou ao centro ainda me assusto. O centro da cidade é caótico, inclusive por isso”, opinou.

O fiscal da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Vilmar Santos Luz, enfatiza a importância do papel dos fiscais que estão constantemente pelas ruas munidos do decibelímetro medindo a intensidade do som. Nesse ano eles já realizaram notificações e aplicaram multas. Como a secretaria não dispõe de um veículo, os fiscais se limitam ao centro.

Apesar do barulho de muitos veículos de propaganda volante ainda ser elevado, ele acredita que o quadro está mudando devido a aplicação das multas. “Tem havido uma obediência, pois já houve multas e até processos contra alguns deles”, explicou o fiscal.

Ele diz verificar que surgiram novos veículos que estão trabalhando de forma clandestina, sem falar naqueles que vem de outros municípios fazer propaganda na cidade.

Uma nova lei da Secretaria de Meio Ambiente deve incluí-los no cadastro além de reduzir os níveis de decibéis permitidos por lei, que atualmente é de 80 decibéis. A fiscalização ficará mais rigorosa inclusive com o tipo de equipamento utilizado pelas pessoas que investem nesse setor. “Deve ficar ainda mais baixo, a tolerância será menor, haverá mais rigidez e as multas serão maiores”, avisou.

Antes disso haverá uma convocação de todos os donos de veículos de propaganda volante para que sejam informados da nova lei.

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