Ninguém disse nada, ninguém comentou, mas o pedido de cassação do mandato eletivo do prefeito Pe. Walmir Lima (PTB) e do seu vice-prefeito Edilson Alves de Carvalho (PTB) deu ainda mais importância ao cargo de presidente da Câmara Municipal de Picos. O chefe do legislativo municipal já exerce funções delicadas como a condução das votações e a administração do orçamento dos vereadores, no entanto, poder ter ainda mais influência.
Caso o prefeito de Picos tenha o seu mandato cassado pela Justiça Eleitoral, caberá ao presidente da Câmara Municipal assumir como prefeito enquanto são convocadas novas eleições para suprir o cargo de chefe do executivo.
A Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) foi ajuizada pela coligação “Pra cuidar da nossa gente”, formada pelos partidos: PP, PMB, PPS, PROS, PV e PHS. Essa coligação tinha como candidato o ex-prefeito Gil Marques de Medeiros (Progressistas) e como vice o ex-vereador Antônio Afonso (PMB), e acusa os eleitos da prática de abuso de poder econômico e político durante as eleições municipais de 2016.
No momento, o processo que pede a cassação do mandato do prefeito e do vice está nas mãos do juiz José Airton Medeiros de Sousa, conforme determinou o Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Tanto a defesa do Pe. Walmir Lima como os advogados da coligação do ex-prefeito Gil Paraibano aguardam essa decisão.
Se o juiz decidir pela cassação do mandato do prefeito Pe. Walmir Lima, a sua defesa vai recorrer ao TRE e ele permanecerá no cargo enquanto isso. Apenas depois do parecer do Tribunal Regional Eleitoral favorável ao afastamento, caso seja este, é que ele seria obrigado a deixar o cargo. O tempo entre as decisões em primeira e segunda instância varia de seis meses a um ano.
Essa possibilidade de cassação do mandato do Pe. Walmir Lima, que não é uma certeza, explicaria as motivações para a luta fratricida que vem sendo travada desde a quarta-feira, 27, entre o vereador Hugo Victor (MDB) e o PTB pela presidência da Câmara Municipal de Picos.
Os vereadores do PTB e da oposição elegeram o vereador Zé Luís (PTB) para a presidência da Câmara Municipal, mas o atual presidente Hugo Victor afirmou que a eleição não foi válida. Segundo afirmou em entrevista a imprensa, a eleição acontecerá apenas no final do ano, como sempre foi.