Não é de hoje que os atletas da Seleção Picoense de Karatê tem deixado de participar de competições nacionais e internacionais pela falta de recursos. O caso mais recente foi o Campeonato Mundial que ocorreu no período de 14 à 19 de junho deste ano, na Escócia, em que os karatecas de Picos conquistaram vaga, mas sem suporte financeiro não tiveram como arcar com as despesas da viagem.
O técnico da Seleção Picoense de Karatê, Francisco Arcanjo, disse que esta situação termina por “roubar” os sonhos dos atletas que buscam conquistar medalhas em competições e porque não se tornarem o ‘melhor do mundo’ na modalidade esportiva que tanto se dedicam.
“É mais uma batalha perdida, mais um sonho destruído de uma jovem garota, que tem muito talento e vem conquistando medalhas em competições a nível nacional. Infelizmente por falta de recursos financeiros não conseguimos ir para o Mundial”, frisou o técnico.
Atualmente, a Seleção Picoense de Karatê recebe incentivo financeiro apenas da iniciativa privada. Projetos tem sido enviados para o poder púbico municipal, mas nenhum incentivo é direcionado.
“Os nossos parceiros que ainda continuam nos ajudando é a classe empresarial de Picos. O poder público municipal infelizmente não tem nos oferecido apoio e nem estadual. Já tivemos apoio em outras gestões, mas nesta não temos conseguido. Acho que falta mais vontade, mais querer mesmo”, concluiu.
Mesmo diante das dificuldades que são inúmeras, os karatecas de Picos já se preparam para as próximas competições que serão realizadas no mês de setembro, em Brasília.
O esporte é uma ferramenta de transformação social. Ao longo destas mais de duas décadas de formação, a Seleção Brasileira de Karatê já conquistou mais de 200 medalhas.