Os professores picoenses se reuniram em assembleia realizada na manhã da terça-feira, 06, e decidiram apoiar o estado de greve na rede estadual de educação. O evento aconteceu no auditório do SINTE – Regional de Picos, e contou com expressiva participação dos docentes. A decisão sobre a paralisação das atividades será decidida amanhã, quinta-feira, 07, em assembleia geral a ser realizada em Teresina.
Segundo a presidente do SINTE – Regional de Picos, Gisele Dantas, os professores também promoveram nesta quinta-feira uma paralisação geral. Ela informou que o novo estado de greve, ou a continuidade da greve do início do ano, está sendo motivada porque o governador Wellington Dias (PT) não cumpriu o reajuste do dissídio coletivo, que foi assinado no Tribunal de Justiça do Piauí (TJ – PI), no dia 12 de março deste ano, o que marcou a volta às aulas.
A greve do início do ano foi decretada como reinvindicação ao não cumprimento do reajuste de 6.81% sobre o piso salarial dos professores que trabalham 40 horas semanais, que passariam a receber de 2.298,00 para 2455,00, conforme prevê o Plano Nacional de Educação (PNE). Ficou acertado por ocasião do acordo assinado pelo Governo do Estado de que o pagamento seria efetuado, no entanto, as parcelas nunca foram debitadas no contracheque dos professores.
Dessa forma, segundo Gisele, caso a greve venha acontecer, seria uma continuidade da paralisação do início do ano pelo não cumprimento do acordo de Wellington Dias.
Somando-se a esse problema, há a questão do transporte escolar dos alunos da rede estadual de educação, cujo contrato não foi renovado pelo Governo do Estado. “Wellington Dias vem desconsiderando a Educação do Piauí”, declarou Giselle Dantas.
Com a greve do início do ano as aulas tiveram início apenas depois do dia 12 de marços, quase um mês depois do previsto e, agora, há a possibilidade de paralisarem as atividades às vésperas do final do período letivo.