Após interdição, moradias do Morada Nova ainda não foram demolidas

A notícia da demolição de 22 moradias populares do Conjunto Habitacional Luíza Gomes de Medeiros, o Morada Nova, situado às margens da PI-375, ainda continua sem ações concretas. Até o momento, os beneficiários que tiveram as casas interditadas pela Defesa Civil e ratificadas pela Caixa Econômica Federal continuam residindo nos imóveis que correm o risco de desabar devido rachaduras.

A moradora da quadra 66/ Casa 09, Ana Patrícia Ribeiro de Sousa, faz parte do grupo de beneficiários que terão imóveis demolidos. Ela explica que até o momento não há cronograma de ações, pois o recurso do auxílio-aluguel que será destinado às famílias ainda não foi autorizado pela instituição bancária.

“Das 22 casas que serão derrubadas, apensas cinco moradores apresentaram propostas de aluguel. E até agora não foi liberado recurso pela Caixa e os beneficiários estão temerosos, pois as casas já foram alugadas. Ficamos apreensivos, isso já era para ter sido resolvido, mas até agora nada. Muitos não querem a demolição porque não se fala em prazo para nos realocar em outra casa e também porque fizeram benefícios, construíram muros”, afirmou a moradora.

Para as famílias que aprovam a decisão e optaram por receberem o auxílio-aluguel será destinada a quantia de R$ 550,00. Após a demolição, as famílias serão reintegradas nos imóveis do Conjunto Morada Nova que estão ocupados de forma irregular.

“Não queremos que derrubem a casa e nossa coloquem em outra casa que já foi ocupada. Aqui eu tive minhas famílias e moro nesta quadra há quase seis anos. Tenho amor por minha casa, muito embora sabemos do risco que corremos com as rachaduras. Tem gente aqui que foi orientado a sair com urgência, mas se nega porque não quer abandonar tudo”, frisou.

Ana Patrícia pontuou que a realidade do auxílio-aluguel não é muito animadora. Ela menciona que uma família do Morada Nova há mais de dois anos recebe o recurso e a situação da moradia própria não foi solucionada até agora.

O outro lado

Representantes da Caixa Econômica Federal informaram em conversa com os moradores por meio do aplicativo WhatsApp que a liberação do auxílio-aluguel vai ocorrer mediante a autorização da demolição. Após depósito da quantia, a desocupação deverá ser feita em caráter coletivo.

Propostas

As propostas apresentadas respondem a destinação de um auxílio-aluguel no valor de R$ 550,00 até que os imóveis sejam demolidos e reconstruídos e a terceira alternativa em caso de recusa é que os moradores assumam a responsabilidade sobre os riscos a que estão expostos residindo no local em meio às condições estruturais.

Moradores apresentam propostas