As universidades públicas que funcionam na cidade de Picos podem perder a semana de aula. Ainda na segunda-feira, 28, as reitorias da UESPI, UFPI e do IFPI, em Teresina, determinaram que as aulas seriam suspensas por dois dias, 28 e 29, por causa da falta de combustíveis provocada pela greve dos caminhoneiros. Além da crise no abastecimento, muitos donos de vans estão manifestando apoio ao movimento grevista, o que dificultava o deslocamento dos estudantes.
Caso as aulas não sejam retomadas na quarta-feira, 30, as instituições poderão ter um certo prejuízo no calendário acadêmico, pois a quinta-feira, 31, é feriado, e muita gente costuma imprensar o último dia útil antes do fim de semana.
Para saber se as aulas seriam retomadas na quarta-feira, nossa equipe conversou com o diretor da UFPI de Picos, professor Gleison Monteiro. Ele informou que haveria uma reunião na tarde desta terça-feira para discutir o problema. Gleison confirmou que estão levando em consideração o problema no deslocamento de muitos estudantes que moram em cidades vizinhas a Picos.
Indagado se esses dois dias sem aulas trariam algum prejuízo no calendário acadêmico da instituição, ele respondeu que não, pois as aulas poderiam ser repostas posteriormente. No entanto, a situação pode ser diferente se as aulas não voltarem ao normal.
Normalidade?
Embora a ameaça da falta de combustíveis tenha causado pânico, com centenas de motoristas correndo aos postos para abastecer seus veículos, nessa terça-feira, verificou-se que as filas estavam bem menores nos postos de Picos. Muitos caminhões tanques já estão abastecendo os postos normalmente após a liberação da refinaria em Teresina.
Também já se podia notar que as vans estão circulando normalmente em Picos. Mesmo com o apoio declarado a greve dos caminhoneiros, a maioria dos motoristas dos veículos de lotação não deixou de trabalhar.