Segundo o gerente da Agespisa de Picos, Sérgio Alves Feitosa, diversos vazamentos têm provocado desabastecimento em bairros da cidade. O principal afetado com esse problema específico é o Belo Norte, por ser totalmente desestruturado, com poucas ruas pavimentadas e a tubulação disposta a poucos metros de profundidade. É lamentavelmente comum que os canos quebrem quando da passagem de um simples automóvel.
Sérgio Alves explicou que os vazamentos diminuem a pressão da água impedindo que esta suba até as casas mais elevadas do Belo Norte, caracterizado pelo relevo acidentado. O mesmo problema está sendo verificado nas Pedrinhas onde os moradores por diversas vezes tem se manifestado pelas redes sociais relatando a falta de água.
Apesar da sobrecarga de trabalho, Sérgio disse que o número de equipes da Agespisa para lidar com essas situações é suficiente. São cinco equipes de duas a cinco pessoas que atendem pela manhã, e mais três no período da tarde, de segunda a sábado. Nos domingos pelo menos uma fica de plantão.
“Como a cidade de Picos cresceu muito, não podemos fazer tudo ao mesmo tempo é preciso que haja certa sequência para que não prejudique tanto o abastecimento de água”, declarou.
Além de atender a chamados para conter vazamentos essas equipes são responsáveis ainda por fazer novas ligações de água, cobranças e fiscalizações, serviços estes que surgem diariamente.
Bairros como a Passagem das Pedras e o Centro também sofreram com a falta de água, mas no caso desses as bombas pararam de funcionar devido a problemas no fornecimento da energia elétrica.
Historicamente as residências da zona urbana de Picos são abastecidas exclusivamente por poços artesianos, cujo sistema de tubulação sempre passa por ampliação, embora os problemas persistam. Sérgio informou que há novos projetos para a perfuração de poços e ampliação de redes, o mais recente trata-se de um poço para abastecer a zona leste da cidade, além da construção do reservatório do bairro Belo Norte e da Passagem das Pedras e Boa Vista.
“Aqui em Picos, por conta do relevo é praticamente impossível abastecer 24 horas por dia os imóveis, então queremos estender ao máximo esses abastecimentos para que não haja prejuízo para a população”, ressaltou.