Quarta-Feira, 09 de Outubro de 2024

Entenda por que Andrés Sanchez costura acordo com Paulo Garcia no Corinthians

Publicado em 12/09/2017
Por Jailson Dias
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Andrés Sanchez e Paulo Garcia, durante a eleição do Corinthians/Diego Ribeiro

Em busca de governabilidade, o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, costura nos bastidores um acordo com Paulo Garcia, segundo colocado na eleição do clube, realizada há duas semanas.

Duas das principais lideranças políticas do Timão no momento, Sanchez e Garcia articulam uma aliança para a eleição do Conselho Deliberativo, que ocorre no próximo dia 27, e também para a distribuição de cargos diretivos.

Nos últimos dias, eles praticamente sacramentaram o apoio à candidatura Antônio Goulart dos Reis à presidência do Conselho Deliberativo do Corinthians.

Deputado federal (PSD-SP) e historicamente ligado à torcida organizada Gaviões da Fiel, Goulart foi indicado por Paulo Garcia e teve seu nome apoiado pelo grupo de Andrés. O desembargador Ademir Benedito, que já foi presidente do Conselho, será o vice.

A aliança é fundamental para os planos de Andrés. Na última eleição, oito chapas foram eleitas para o Conselho do clube, das quais apenas três são da base do atual presidente. Com o apoio de Garcia, ele deve angariar o apoio de mais duas e, assim, ter maioria nas votações no órgão.

O Conselho Deliberativo tem importantes atribuições, tais como:

    Aprovar contas e orçamento do clube
    Julgar membros da diretoria
    Fiscalizar contratos
    Instaurar processo de impeachment do presidente

Após a eleição para a presidência do Conselho, Andrés nomeará toda a sua diretoria. Até o momento, ele escolheu apenas o diretor de marketing, Luis Paulo Rosemberg, o jurídico, Fábio Trubilhano, e o financeiro, Wesley Melo.

As demais pastas não foram ocupadas justamente por conta da articulação política. Andrés Sanchez sabe que terá de dividir os cargos entre os seus apoiadores, sobretudo os indicados por Paulo Garcia. Além disso, se um conselheiro se torna diretor ele perde o direito de voto na eleição do Conselho, o que pode fazer diferença em um pleito acirrado.

A aliança entre os caciques políticos do Timão ocorre apesar de Garcia ter ingressado com ação na Justiça por suposta fraude na eleição. Porém, segundo pessoas próximas a ele, "a disputa é com a empresa que fornece as urnas, não com o clube".

Fonte:globoesporte.globo.com

 

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