Quarta-Feira, 09 de Outubro de 2024

A cada dois meses um veículo tomba na Ladeira de Fátima do PI

Publicado em 08/05/2017
Por Erivan Costa
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Veículo de carga tombado/diaadiapiaui

Estatísticas divulgadas pela 4ª Delegacia de Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Picos, apontam que a cada dois meses um veículo tomba no Quilômetro 294, da BR-316, na altura da Ladeira do Povoado de Fátima do Piauí. O local que apresenta curvas sinuosas já foi palco de cinco acidentes de janeiro à outubro do ano em curso, sem vítimas fatais.

Apesar do quantitativo, os números permanecem dentro da média anual aferida pela PRF que são de seis a sete acidentes ocorridos no trecho.

Segundo informações do chefe de Comunicação da 4ª Delegacia da PRF, inspetor Madeira, apenas nos últimos 10 dias dois tombamentos de veículos de carga foram registrados na curva da Ladeira do Povoado de Fátima do Piauí. As causas mais comuns para ocorrências desta natureza são: desconhecimento das rodovias que cortam a região, excesso de velocidade e dormir ao volante.

“Entre os acidentes registrados apenas no último alguns dos ocupantes foram feridos gravemente, mas sem registros de vítimas fatais. Esse percentual é considerado dentro da média dos últimos anos. Mesmo assim, diante do registro de um tombamento no local temos uma grande dificuldade para socorrer vítimas, recuperar a carga devido o acesso ao local. Sempre temos que interromper o trânsito por cerca de uma hora na rodovia”, afirmou o inspetor.

Inspetor Madeira

Saqueamento da carga

Diante do fato trágico que é o tombamento de veículo, outros fatores podem se apresentar ainda mais complexos como o saqueamento da carga.

No tombamento de uma carreta registrado no dia 08 de outubro que transportava carne, PRF’s deram voz de prisão em flagrante a dois saqueadores pelo crime de Furto. A ação policial não foi suficiente para interceptar o saque total da carga.

“É um fato que realmente não temos como fugir dele. É uma prática bastante comum na região, onde os populares ao momento que tomam conhecimento, presenciam ou avistam o tombamento se deslocam na maior rapidez possível e vão saquear a carga. Muitos deles levam automóveis para levar o máximo possível”, frisou Madeira.

Sinalização

Em se tratando da sinalização no trecho que compreende os Quilômetros 294 e 296, o chefe de serviço do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), sede em Picos, o engenheiro Elvomarton Lima, garantiu que existem placas informativas que alertam os condutores para a velocidade permitida no trecho.

 “Se o condutor observar o limite de velocidade permitido dificilmente vão ocorrer acidentes. É uma curva sinuosa e os tombamentos que ocorrem são de veículos de carga que devido ao seu deslocamento durante o trajeto acaba arrastando o veículo para sair pela tangente. Estamos batalhando por uma lombada eletrônica para o local, mas ainda não temos contrato para isso. Estamos numa luta constante com a Superintendência e esta junto a Brasília para que os trâmites burocráticos sejam concluídos”, disse o engenheiro.   

Elvomarton Lima acrescentou que devido os constantes tombamentos, a defensa colocada às margens do acostamento junto ao penhasco da Ladeira não tem surtido grandes efeitos já que o material metálico não suporta o peso das cargas. 

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