Guilherme vem fazendo quase uma jornada dupla no Botafogo: quando o Alvinegro entra com a equipe titular, ele é o reserva mais utilizado. Quando joga com reservas, ele costuma ser titular. Por isso, o atacante é quem fez mais jogos pelo Botafogo este ano: 43 dos 52 que a equipe disputou.
— Todos querem jogar, mas o professor tem suas escolhas e só 11 são titulares. Mas, claro, é gratificante ser uma espécie de décimo segundo jogador. Eu quase sempre entro nos jogos e geralmente sou o primeiro a entrar — disse o atacante.
Amanhã, entretanto, uma situação atípica deve ocorrer: com Rodrigo Pimpão suspenso, Guilherme deve ser titular num jogo em que o Botafogo atua com seus principais atletas. Dos seus 43 jogos, 12 foram como titular, a maioria pelo Estadual ou pelo Brasileiro, as competições em que o Botafogo mais poupou seus principais jogadores. Da reserva, ele já decidiu algumas partidas importantes. Saiu do banco para selar a vitória contra o Atlético Nacional, pela Libertadores, por exemplo.
Seu principal trunfo é o drible, que ele usa para puxar contra-ataques. O técnico Jair Ventura já falou que ele é o melhor do elenco no um contra um; no entanto, parte da torcida reclama que ele prende a bola em excesso.
— Eu procuro usar o drible quando estou no mano a mano, no contra-ataque, ou quando só tem um zagueiro me marcando. Mas quando a defesa adversária está bem postada, nós optamos pelo passe — disse.
Mas na posição de Rodrigo Pimpão, a ofensividade não é a única exigência. Os pontas precisam voltar com frequência para marcar. Pimpão, pela esquerda, e Bruno Silva, pela direita, se destacam por se movimentar em todas as faixas do campo.
— Eu consigo fazer isso muito bem, sem dificuldade alguma. No Grêmio eu já fazia, apesar de ser um esquema diferente de jogo. Desde a nossa chegada, o Jair tem essa ideia de jogar assim, com os pontas voltando para ajudar. Quando sou solicitado, faço bem. Me acostumei — disse Guilherme, sem se intimidar com a pressão.
Fonte: EXTRA