Quinta-Feira, 20 de Novembro de 2025

PICOS: Professores aprendem língua de sinais para se comunicar com alunos surdos

Publicado em 15/02/2017
Por Redação
35bbf43b0380326c34b2ec591352.jpg
35bbf43b0380326c34b2ec591352.jpg
Reprodução/

A Comunicação é o elo que aproxima os atores sociais. Se comunicar bem, ser compreendido pelo outro é o desejo de qualquer indivíduo. Mas nem sempre esta ação é simples, especialmente quando em determinadas situações necessitamos manter conversação com pessoas que falam idiomas diferentes do nosso, o francês por exemplo, e/ou quando precisamos transmitir uma mensagem para alguém que seja surdo/mudo.

A Lei 10.436 instituída em 24 de abril de 2012 reconhece legalmente a Língua Brasileira de Sinais – a Libras, como o segundo idioma oficial do Brasil, bem como garante que instituições públicas e privadas sejam agentes difusores da mesma.

Diante destes significativos avanços que ainda necessitam caminhar a passos rápidos, assiste-se a uma procura crescente por profissionais da Educação que buscam conhecer a Libras na cidade de Picos. A “popularização” tem ultrapassado as fronteiras educacionais e chega até as clínicas de saúde, onde colaboradores tem participado de capacitações para que possam se comunicar com pessoas surdas.

O professor de Idiomas, Ellton Arthur, reforça que nos dias atuais a academia e professores reconhecem a importância da Libras.

“Os cursos sempre vem tendo uma grande procura, os profissionais da Educação compreendem a importância da disciplina que é a Libras. Na sala de aula inclusiva se torna indispensável que sejam incluídos profissionais desta área para que possam estar auxiliando”, disse Ellton Arthur.

Professor Ellton Arthur durante aula

O professor defende a formação de uma escola bilíngue, onde o surdo poderá ter contato com as aulas regulares e num contra turno terá um acompanhamento especializado.

“Hoje o que acontece é que o aluno surdo é submetido ficar dentro da sala de aula com um intérprete e um professor que não sabe se comunicar em Libras, assim como os demais alunos. Dessa forma não ocorre inclusão, pois vai ficar só ele tentando se incluir na sala regular, mas os outros alunos não conseguem incluir ele”, frisou.      

A pedagoga e intérprete de Libras, Mayra Rodrigues Rocha, faz parte deste grupo de profissionais que tem buscado se capacitar para falar em Libras. Ela que já atua em sala de aula confirma esta realidade apontada pelo professor Ellton e acrescenta ser um desafio maior  para o intérprete: o aluno que é surdo desconhecer a Libras.

“O professor de Libras ensina os sinais, o que é essa língua e como é a forma de se comunicar. Enquanto o intérprete ele vai interpretar o que o professor dentro da sala de aula está falando. Um dos grandes desafios é que os alunos que são surdos não conhecem a Língua, aí as dificuldades terminam aumentando, pois é iniciado o processo desde o início porque do contrário não existirá aprendizagem”, afirmou Mayra Rocha.

                  

Comentários