Quarta-Feira, 09 de Outubro de 2024

Políticos indicam que distritão enfraquece 'partidos de aluguel'

Publicado em 12/02/2017
Por Edson Costa
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Deputado Gustavo Neiva/meionorte

 

Cogitado para ser implementado no pleito eleitoral do próximo ano, o sistema distrital, em que os mais votados são eleitos, independente de coeficiente eleitoral ou coligação, tem dividido a opinião dos políticos piauienses. Líder do PSDB no Piauí, o deputado estadual Marden Menezes declarou ser favorável a sua implantação nesse momento de travessia, ressalvando que ele ainda não é o ideal. Para ele, o distritão enfraquecerá as 'siglas de aluguel'. “É um sistema que tende a enfraquecer as siglas denominadas de aluguel, aquelas siglas que muitas vezes servem apenas como atrativo para candidatos com baixo potencial eleitoral, que muitas vezes se valem dessas coligações para alcançar êxito numa eleição”, afirmou.

O deputado estadual defende que passada essa fase de transição, o distrital misto possa ser colocado em prática nas eleições. “Ele valoriza os mais votados, não é o ideal, eu sou muito favorável ao Distrital Misto que me parece ser o sistema ideal, só que é mais complexo de ser implementado, e o Distritão como uma transição valorizando aqueles mais votados na preferência do eleitor, ele de certa forma faz Justiça e se adequa muito ao que a população questiona ou reclama, porque em muitos casos nós vimos o efeito denominado Tiririca, em que candidatos com votações até irrisórias, foram puxados pela sigla partidária”, afirmou.

Por sua vez, o deputado estadual Gustavo Neiva (PSB) indicou que o distritão deve enfraquecer os partidos em geral. Cauteloso, ele impôs que caso seja aprovado, o sistema levará as legendas a uma nova experiência na democracia. “É uma modalidade que agora que foi discutida e aprovada na Comissão, ainda vai passar pelo Plenário, nós temos que ver, o Distritão enfraquece os partidos, não resta dúvida que enfraquece os partidos, mas também notamos às vezes que a sociedade fala 'votei num deputado ou num vereador, ele não entrou e entrou um que tem menos votos', fica essa dúvida na cabeça do eleitor, acho que é uma modalidade eleitoral ainda muito nova, uma experiência que nós não provamos dela na nossa democracia”, afirmou.

Fonte: meionorte

 

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