Domingo, 06 de Outubro de 2024

Produtos de gênero alimentício tiveram alta de até 300% em Picos

Publicado em 11/05/2013
Por Jailson Dias
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Preço dos produtos está oscilando/Jailson Dias

A mídia nacional vem divulgando constante a alta no preço de alguns produtos de gênero alimentício, destacando o tomate, cujo quilo teria atingido R$ 8,00 na grande São Paulo. Na feira-livre de Picos não tem sido diferente. Nossa equipe de reportagem esteve conversando com alguns feirantes e constatou que o preço do quilo do tomate vem oscilando a cada semana, mas já chegou a atingir o pico de R$ 7,00 o quilo nesse início de 2013.

Com oito anos de experiência na feira-livre de Picos a feirante Maria Dalva da Conceição informou que os preços do quilo têm oscilado entre R$5,00 e R$7,00. Ela adquire seu produto de comerciantes da Bahia, e estes argumentam que o preço está elevado em decorrência da seca que assola a região nordeste.

“A gente está vendendo pouco e tendo muito prejuízo, muita gente tem deixado de comprar. O pessoal tem reclamado muito, quem comprava dois quilos está comprando apenas um quilo, quem comprava um quilo está comprando apenas meio-quilo”, lamentou.

Após entrevistar alguns feirantes nossa equipe constatou que o preço médio do quilo do tomate em um ano de bom inverno é de R$ 2,00, uma alta de 300% para um dos alimentos preferidos do brasileiro. A grande maioria dos feirantes de Picos faz as suas compras de comerciantes da Bahia. Para revenda o tomate é comprado à caixa, que está custando em média R$ 70,00.

Com 22 anos comercializando na feira-livre de Picos, José Francês de Sousa, conhecido por todos como o “Irmão Tiné”, informou que o último vilão da cesta básica é a cebola cujo preço do quilo chegou ao mesmo patamar do tomate.

Além da seca que assola o Nordeste, o Irmão Tiné explica que a recente alta no preço dos combustíveis também obriga dos comerciantes a elevar o preço dos produtos, na tentativa de obter lucro. “Se não fosse o Rio São Francisco não sei como aquele povo estaria passando”, comentou referindo-se a Bahia.

Os outros “vilões” da cesta básica são a cebola, que está custando R$ 6,00, além do repolho, no mesmo preço, e a batatinha, também a R$ 6,00 o quilo, o que mostra que todos os principais gêneros alimentícios estão sendo afetados pela seca. O preço considerado normal desses alimentos é o mesmo do tomate, R$ 2,00.

 Como se não bastasse a alta no preço das verduras, os cereais também subiram. O comerciante Chico Borges, que possui um ponto no Mercado Público Municipal de Picos informa que o chamado “feijão de corda” tem custado em média R$ 7,00 o quilo. Em média esses alimentos custam apenas R$ 3,00, o que representa um aumento de mais de 100%. Já a goma estaria custando até R$ 9,00 o quilo. O comerciante também lamenta uma sensível redução nas vendas, mas diz que estas continuam uma vez que não há outra opção a ser explorada pelo consumidor.

 

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