Quarta-Feira, 09 de Outubro de 2024

Casos de aliciamento à menores aumentam em Picos

Publicado em 05/01/2017
Por Redação
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Imagem Ilustrativa/

A prática de crimes envolvendo crianças e adolescentes tem aumentado consideravelmente na cidade de Picos. O aumento não está relacionado somente aos casos em que os menores são os autores das ações criminosas, mas quando estes ocupam o papel das vítimas.

Confirmando este quadro, o Conselho Tutelar de Picos registrou neste primeiro semestre de 2017 um crescimento nos casos de aliciamento à menores. Como característica comum, os aliciadores abordam as vítimas pelas redes sociais virtuais e lhes corrompem com a oferta de dinheiro e/ou outros benefícios.

O   presidente do Conselho Tutelar de Picos, Raimundo Nonato, explicou que o acréscimo no número de casos se deve a conscientização das famílias que passaram a denunciar o crime.

“Teve um aumento bem expressivo nos casos de aliciamento à menores em relação aos outros anos.  Acredito que as famílias não denunciavam como agora. Os casos estão acontecendo pela internet, onde os menores estão usando Facebook e WhastApp para marcarem contatos com pessoas mais velhas, muitas vezes para fazerem programas”, afirmou o presidente.

Raimundo Nonato, presidente do Conselho Tutelar - Foto: Jesika Mayara

Raimundo Nonato acrescentou que a instituição ainda não possui estatísticas formalizadas, porém nos seis primeiros meses do ano em curso o mesmo já atendeu seis casos desta natureza.

“Estamos no meio do ano e está sendo praticamente um caso por mês, isto somente nas ocorrências que atendo. Ainda há números registrados pelos demais conselheiros. No entanto, muitas famílias ainda buscam não expor o menor, estas que denunciam é quando a situação chegou a níveis alarmantes. Se a família não procura o Conselho Tutelar para denunciar está protegendo o aliciador dos menores e este não vai pagar pelo crime”, frisou.

Protocolo de atendimento

Diante do registro de denúncias, o Conselho Tutelar averigua a veracidade da informação através de uma investigação social, onde familiares e a vítima são ouvidos.

Em caso positivo, a família do menor é orientada a registrar o Boletim de Ocorrência na Delegacia de Polícia Civil e o suposto aliciador é intimado à prestar esclarecimentos à Polícia. Além disso, o Conselho Tutelar é responsável pela elaboração de um relatório e este é encaminhado ao Ministério Público para que as medidas judiciais sejam tomadas.

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