A regulação estadual e triagem das ocorrências atendidas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), em Picos, não foi suficiente para coibir a antiga prática dos trotes. O Serviço nestes dois anos continua se deslocando para atender pacientes que sequer existem.
O coordenador do SAMU de Picos, o enfermeiro Jackson Moura Martins, destacou que entre os trotes mais comuns estão o de pessoas que sofreram paradas respiratórias e acidentes.
“Não parou, ainda recebemos algumas chamadas que quando chegamos no local não encontramos endereço ou pessoas que estejam necessitando do socorro médico. A pessoa que faz isso engana o médico regulador, mandamos o socorro por vias das dúvidas. Dizem que é parada respiratória, acidentes”, disse o coordenador.
Os trotes acarretam como prejuízo o aumento no tempo de resposta dos atendimentos. Além disso, a falsa ocorrência implica no deslocamento de equipes que poderiam estar prestando socorro às outras pessoas.
“Pode acontecer que no momento daquele trote, ocorra uma ocorrência grave e deixamos de prestar o socorro. E que uma vida pode não ser salva”, frisou.
Em decorrência dos trotes e de uma “confusão” popular sobre a atuação do SAMU, o Serviço tem realizado trabalho de conscientização nas escolas e com a comunidade orientando sobre quando o SAMU deve ser acionado.