Em depoimento, promotor de eventos confessa ter assediado menor

Após ter sido deflagrada na manhã desta quarta-feira (21), a Operação “Verdades” que investiga os crimes de Exploração Sexual e Pedofilia no município de Picos, o principal investigado na ação policial, um promotor de eventos que possui uma agência de modelos confessou ter assediado um garoto, de 11 anos. Para preservar o andamento das investigações a Polícia Civil não revelou a identidade do suspeito.

Segundo informações do delegado regional de Picos, Jônatas Brasil, a operação é decorrente de informes e uma denúncia formal em que pais do menor relataram que o investigado havia assediado seu filho. O Boletim de Ocorrência foi registrado no dia 30 de maio, onde o menor e o seu pai foram ouvidos confirmando o fato.

Com o menor, o promotor de eventos teria mantido conversas íntimas via aplicativo WhatsApp, bem como teria recebido fotos do órgão genital do menino. No entanto, o delegado esclareceu que não houve ato sexual.

“Recebíamos informes de que haveria por parte do investigado o assédio a menores de idade com fins de manter com eles atos libidinosos, relações sexuais. Ainda recebemos informes de que ele aliciaria adolescentes, meninas para manterem relações sexuais com homens.  Além dos informes, ele teria convidado um menor para manter relações sexuais em casa, com termos chulos. Ele conversava com o menor pelo WhatsApp, e o que o mesmo ainda teria enviado fotos do seu órgão genital”, afirmou o delegado.

Jônatas Brasil pontuou que dois mandados de busca e apreensão foram realizados na residência do promotor de eventos e no endereço onde funcionaria a agência de modelos. Mais tarde foi descoberto que o local se tratava de uma empresa de terceiros que prestavam serviços ao suspeito, mas que não estão sendo investigados. O promotor de eventos foi conduzido a Central de Flagrantes para prestar depoimento à autoridade policial e confessou ter assediado o menor.

“Ele veio pra Delegacia ontem, prestou depoimento e confessou esses dois fatos, ter adquirido fotos íntimas e ter assediado o menor para com ele manter relações sexuais. Vale ressaltar que o ato físico não ocorreu, não houve relação sexual com o garoto. Ele pode ser preso sim, vamos finalizar as investigações. Elas estão apenas iniciando, vamos ramifica-las para outras pessoas, esperamos que novas vítimas compareçam a Delegacia para relatar outros fatos”, frisou o delegado.

Exploração Sexual

Sobre as suspeitas de que o investigado também teria envolvimento com o crime de Exploração Sexual envolvendo meninas, Jônatas Brasil ressaltou que o caso está sendo investigado com ramificações que chegarão aos possíveis financiadores.  

“Vamos investigar todo o contexto, temos que identificar estas meninas que eram exploradas, temos que identificar os autores dos crimes, muito provavelmente o suspeito e também identificar quem eram as pessoas que financiavam”, concluiu.  

A Polícia Civil orienta que possíveis vítimas que tenham sofrido tais situações que envolvam o investigado devem se dirigir a Delegacia Regional para formalizarem as denúncias.