Sexta-Feira, 14 de Novembro de 2025

Perdas nas plantações picoenses atingem mais de 60%

Publicado em 09/12/2016
Por Redação
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Plantação de milho/Paula Monize

Plantar e colher, é esta a itencionalidade do agricultor quando inicia o plantio da lavoura. No entanto, nos últimos sete anos esta ação tem sido dificultada pela falta de chuvas e na Safra-2017 resultou em perdas generalizadas no município de Picos. Segundo dados do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, entre as culturas agrícolas perdidas estão o arroz sequeiro com perda total, feijão com déficit de 60% e milho 80%.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Picos, Ricardo Raimundo de Araújo, destacou que a perda na safra foi semelhante ao saldo negativo registrado em 2016. Devido quadro agravante o município de Picos decretou estado de emergência e aguarda inspeção dos órgãos competentes nas plantações.

“No início de janeiro como caiu chuvas boas no município, os agricultores se animaram e a área plantada aumentou. Mas infelizmente as chuvas foram irregulares, a redução foi semelhante à safra passada. A perda foi grande e os agricultores tiveram bastantes prejuízos”, disse o presidente.

Ricardo Raimundo de Araújo

Os dados ainda revelam que a perda na safra é mais crítica nas comunidades rurais: Pitombeiras, Volta do Morro, Altos, Tabuleiro e Angical dos Domingos.

Firmino Rocha é um dos agricultores que perdeu quase toda a plantação devido à ausência das chuvas. Ele plantou mais de três hectares da terra e colheu pouco mais de um saco de feijão.

“Com as chuvas comecei a plantar, e elas continuaram, plantei o milho. O que aconteceu é que estava praticamente tudo no período de situar, mas faltaram chuvas e perdi quase todas as sementes que plantei. A gente espera que próximo ano as coisas possam ser melhores porque estamos tendo grandes prejuízos todos os anos”, lamentou o agricultor.

Mesmo diante dos constantes prejuízos, Ricardo Raimundo de Araújo lembra que os agricultores não desanimam e ao sinal das primeiras chuvas o ciclo é iniciado novamente.

“O Nordeste vem sendo castigado com a seca, falta de chuvas, precipitações abaixo da média, mas o homem do campo é muito motivado. Começou a chover ele está plantando e isso continuará se repetindo sempre”, concluiu.

Volume de chuvas

O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) divulgou que na cidade de Picos o volume de chuvas em 2017 foi de apenas 370 milímetros, ficando bem abaixo da expectativa inicial que era de 600 milímetros.

Como características das precipitações, estas ocorreram de forma irregular e em áreas isoladas.

 

 

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