Saber que a insatisfação por um serviço prestado ou sugerir modificações para torná-lo mais eficiente, podem ser ouvidas e atendidas, é algo que anima o consumidor. As ouvidorias exercem este papel, representam o elo de comunicação entre as instituições sejam elas públicas ou privadas e seus clientes.
O Hospital Regional Justino Luz (HRJL), em Picos, que atende diariamente uma demanda de mais de 40 municípios da macrorregião, que lida com pacientes de realidades distintas e que por vezes entram em ‘confronto’ devido a deficiência do serviço de saúde ofertado, conta com um setor de Ouvidoria SUS.
O ouvidor, Cledson Almondes, explicou que o setor de Ouvidorias SUS do HRJL é responsável por acolher as reclamações dos pacientes e direcioná-las aos órgãos competentes com o intuito de buscar soluções.
“A ouvidoria foi instituída como um elo de ligação entre os clientes do SUS com a gestão e com a assistência. As reclamações, sugestões são encaminhadas para as competências cabíveis diante do grau de complexidade. Nós acompanhamos o caso e assistimos os clientes SUS na tentativa de prestar melhor serviço de Saúde aos mesmos”, afirmou o ouvidor.
Cledson Almondes ressalta que apesar do setor está funcionando há um certo tempo os pacientes não procuram fazer a reivindicação de maneira formal, o que contribui para precarizar os atendimentos. Ele destaca que outra maneira para acionar a ouvidoria é contatando o número 162 e imediatamente aciona-se a Central do “Ouve SUS”.
Reclamações
Apesar dos esforços em humanizar os atendimentos no Hospital Regional Justino Luz, estes continuam sendo alvo de intensas reclamações e denúncias ao Ministério Público Estadual (MPE). Reclamações que em muitos casos ferem o direito constitucional da prestação de um serviço de saúde digno e de qualidade para todos os brasileiros.
A promotora do MPE, Micheline Ramalho, enfatizou que o órgão continuará exercendo sua função de agente fiscalizador do Hospital, e que medidas para amenizar os problemas já estão sendo adotadas.
“Desde que tomei posse nesta promotoria um dos principais focos de fiscalização foi o Hospital Regional Justino Luz. Iniciemos um trabalho que começou a dar frutos, os pacientes que davam entrada no local afirmavam que os serviços estavam melhorando, mas nas últimos meses novas reclamações começaram a surgir. Falta médicos, equipamentos, infraestrutura adequada. Por isso o Ministério e outros órgãos competentes estamos buscando adotar iniciativas que venham modificar esta realidade”, afirmou a promotora.