A Caixa Econômica Federal – CEF tem investigado denúncias do mau uso das moradias do Residencial Luiza Gomes de Medeiros em Picos, erguido a partir do programa do governo federal “Minha Casa, Minha Vida”. As residências estão sendo habitadas há pouco mais de três meses e as denúncias de desvirtuação dos imóveis tem chegado a Caixa através do seu telefone 0800, disponível a população.
O gerente da CEF de Picos, Raul Gomes, informou que uma vez que a denúncia é registrada, ele deve verificar a procedência e a veracidade da mesma. Ele disse já ter visitado o residencial por mais de uma vez nesse início de 2013 para averiguar essas denúncias, ocasião em que fez alguns registros das mudanças realizadas na estrutura dos imóveis. Ainda não ocorreu nenhuma expropriação, mas as investigações estão sendo realizadas.
“É um aviso para aquelas pessoas que foram contempladas de não querer fazer dinheiro, fazer negócios nessas casas, porque eu não falo nem risco, é certeza de que se essas denúncias forem identificadas imediatamente rescinde-se esse contrato”, explicou o gerente.
Por se tratar de um residencial muito grande, são 500 casas, é natural que surjam negócios nas moradias, o que não pode haver é a descaracterização do imóvel, cujo princípio básico era atender pessoas de baixa renda que não possuíam moradia.
“Nada impede que uma pessoa use a sua casa para uma atividade comercial, o que não pode é o desvirtuamento da finalidade residencial do programa, por exemplo, uma pessoa ganhou uma casa e ela vai derrubar e fazer um grande supermercado, a casa deixa de ser o habitat daquela família”, explicou Raul Gomes.
Através de uma rápida visita pelo residencial pode-se perceber que as pequenas casas sofrem mudanças constantes por parte dos novos donos. Construções de muros são comuns, uma vez que o terreno das moradias é espaçoso, mas também podem ser averiguadas a construção de comércios, cuja licitude está sob análise da Caixa.