Terça-Feira, 15 de Outubro de 2024

Às vésperas do Dia do Trabalho sindicatos picoenses se mobilizam contra a Reforma Trabalhista

Publicado em 10/10/2016
Por Jailson Dias
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Sindicatos preparam manifestação /Edson Costa

O Dia 1° de Maio é celebrado em todo o Mundo, como uma data simbólica voltada para as pessoas que fazem girar a economia, no entanto, no Brasil, e em Picos não é diferente, os sindicatos estão se mobilizando contra a Reforma Trabalhista proposta pelo presidente Michel Temer. A ideia é paralisar as atividades no dia 28 de abril, apoiando a greve geral que deverá abranger todo o país, como forma de protesto contra a proposição do Governo Federal.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio e Serviços de Picos (SINTRACS), Marcos Holanda, informou que estão sendo realizadas reuniões com a participação de outros sindicatos para que essa paralisação ganhe força aqui na cidade. No entanto, é pouco provável que os trabalhadores do setor privado cruzem os braços.

Marcos Holanda disse ter sugerido uma ação de maior vulto que venha a chamar a atenção da população para a gravidade da Reforma Trabalhista, pois até o momento apenas a Reforma da Previdência despertou o repúdio dos brasileiros, quando as duas são igualmente nocivas para o trabalhador. “Voltaremos ao século XIX, quando não tinha nem horário, nem salário, nem nada”, lamentou.

O sindicalista questiona a ideia proposta pelo governo Temer de que a Reforma Trabalhista deverá gerar mais empregos. “O que gera emprego é desenvolvimento econômico, não é Reforma Trabalhista, porque reformas como essas não geraram emprego em lugar nenhum do Mundo, como a Rússia, por exemplo, que banirá a terceirização, que gerou a precarização do trabalho”, comentou.

As reuniões para decidir sobre a paralisação na cidade de Picos no dia 28 estão acontecendo na UFPI – Campus Senador Helvídio Nunes de Barros, contando com representações sindicais de todas as categorias, do setores público e privado.

Marcos Holanda frisou que se a Reforma Trabalhista passar, como está sendo proposta, o trabalhador perderá a força de negociar com os patrões, pois o poder de mediação dos sindicatos será reduzido. Portanto, algumas conquistas conseguidas após décadas de lutas, como férias, salário mínimo, 13° salário serão comprometidas e, possivelmente, extintas.

Os movimentos sindicais também pretendem pedir ajuda às pessoas que estão desempregadas, pois caso a reforma passe, ficará mais difícil que estes se insiram no mercado. No Brasil, já são mais de 15 milhões de desempregados. Ainda não há dados sobre o índice de desemprego em Picos.

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