O presidente da República, Michel Temer (PMDB), afirmou nesta segunda-feira (17) que "uma delação qualquer" não pode paralisar o Brasil. A declaração foi dada pelo presidente em entrevista ao SBT cinco dias após o fim do sigilo sobre as delações da Odebrecht, que citam centenas de políticos, inclusive o próprio Temer – que tem imunidade temporária e, por isso, não pode ser investigado.
"Minha preocupação é trabalhar pelo Brasil", afirmou Temer ao ser questionado se não temia ser investigado depois de deixar a presidência, em 2018. "Não vamos deixar que uma delação qualquer paralise o Brasil”.
O presidente disse que Judiciário e as investigações estão cumprindo seu papel – e o Executivo e Legislativo têm de fazer o mesmo – e citou as reformas da Previdência e trabalhista como medidas importantes que precisam ser aprovadas pelo governo.
"O Brasil não vai parar. O Brasil tem instituições sólidas. O Judiciário está funcionando regularmente, as investigações funcionaram regularmente", afirmou Temer. "O Executivo e o Legislativo têm de continuar a trabalhar. Há coisas importantíssimas no Brasil, a reforma trabalhista, a reforma previdenciária."
"Nós precisamos mostrar ao povo brasileiro que o Brasil está trabalhando, por isso que eu estou dando essas entrevistas, exata e precisamente para revelar: olha aqui, não vamos deixar que uma delação qualquer paralise o país"
Sobre a reforma da Previdência, Temer admitiu que ela pode ter um tempo de contribuição menor para mulheres – sem especificar qual seria. “Não é improvável”, disse o presidente, destacando que se reuniria hoje com a bancada feminina no Congresso para debater a reforma.
Temer defendeu as mudanças na proposta original do governo que tem autorizado e disse que elas têm sido feitas depois de "observações pertinentes" dos parlamentares.
Fonte: cidadeverde.com