A falta de recursos humanos e a deficiência nos serviços de Saúde prestados à população são rótulos comuns quando o assunto é caracterizar o Hospital Regional Justino Luz. Olhando esta realidade, o Sindicato dos Médicos da região de Picos estão unindo forças e levantando a bandeira que o Pronto Socorro do Hospital seja utilizado apenas por pacientes que necessitem de atendimentos de Urgência e Emergência.
O diretor do Sindicato dos Médicos de Picos, José Almeida, explicou que atualmente o Pronto Socorro é utilizado em sua grande maioria por pessoas que apresentam problemas de saúde menos complexos e que poderiam ser atendidos nas Unidades da Atenção Básica, como os Postos de Saúde da Família (PSF) e Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
“Cerca de 70% das pessoas que procuram atendimento no Pronto Socorro eles não estão em situação de emergência. Isso atrapalha muito o trabalho dos profissionais e muitas vezes os pacientes que chegam em estado grave são penalizados, pois não recebem atendimento. Tem que ser feito uma ação imediata para que o problema seja solucionado”, disse o diretor do Sindicato.
José Almeida pontuou que os atendimentos de Urgência e Emergência contemplam pacientes acidentados, que foram acometidos por um infarto, um acidente vascular cerebral, infecções graves, problemas respiratórios. Segundo ele, o diagnóstico atual ocorre porque as unidades da Atenção Básica estão com o funcionamento comprometido, necessitando de investimentos por parte do poder público municipal.
“Em Picos já existe uma estrutura de UPA há mais de três anos e a Prefeitura não colocou pra funcionar. É preciso que a Atenção Básica funcione para que a população procure o Hospital apenas em casos mais urgentes”, concluiu.
O Sindicato dos Médicos de Picos já denunciou a situação ao Ministério Público, Câmara de Vereadores e a Secretaria de Saúde, que aguardam a tomada de ações.
O Hospital Regional Justino Luz atende uma demanda de mais de 42 municípios da macrorregião.