Domingo, 06 de Outubro de 2024

DCE da UFPI organiza manifestação, paralisa R.U e pede pagamento de terceirizados

Publicado em 30/04/2013
Por Jailson Dias
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Acadêmicos paralizam R.U/Jailson Dias

Os integrantes do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFPI, Campus Senador Helvídio Nunes de Barros de Picos, organizaram na quarta-feira (03/04) uma manifestação paralisando as atividades do Restaurante Universitário (R.U). O diretor de formação política do DCE, Maurício Martins (foto abaixo), informou que além dos salários dos prestadores de serviço estão atrasados, o vale transporte, alimentação e no Fundo de Garantia do Trabalhador (FGTS).

Maurício informou que a empresa AFG, que presta o serviço para a universidade, não tem feito o pagamento apropriado dos trabalhadores desde que ganhou o processo de licitação há seis anos, ocorrendo nesse período, atrasos constantes. Os funcionários da AFG trabalham em serviços serviço é necessários para a manutenção física do Campus, como serviços de limpeza,  e alimentação, daí a ideia de paralisar o R.U.

A ação do DCE é justificada uma vez que os funcionários, por se tratarem de terceirizados, não podem se manifestar, correndo o risco de retaliação, como demissão. Quanto a adesão a manifestação por parte dos demais acadêmicos da UFPI, Maurício disse que houve uma boa participação, embora tenha registrado pessoas que reclamaram da paralização do restaurante. “Infelizmente tem uma parte que não se conscientizou, e não concorda com a nossa ação, mas a democracia é isso”, compreendeu.

Procurada pela nossa equipe a diretora da UFPI, Alveni Barros (foto abaixo), se declarou solidária a ação dos estudantes, mas esclareceu que a AFG já está de saída, ou seja, seu contrato com a universidade está sendo rescindido. “O que a empresa está devendo aos terceirizados são os vales de transportes que devem ser pagos desta quarta para quinta-feira (03-04/04)”, informou.

Alvani enfatiza que a manifestação organizada pelos estudantes serve como alerta para que as empresas futuras, não apenas da universidade, acabem valorizando o trabalhador brasileiro. “Porque a realidade no futuro do Brasil, do Estado neoliberal, com essa redução do Estado, assumindo o papel mínimo, é a contratação de terceirizados, então o que eles estão pleiteando é a relação contratual entre empresas e funcionários”, declarou.

 

Com a saída da AFG, Alveni Barros informa que deve ser chamada a empresa que ficou em terceiro lugar no último pregão da licitação. Os funcionários já estão sob aviso prévio, mas devem ser absorvidos pela nova contratada. “Os que estão já permanecem para assimilar um novo quadro, são assimilados”, explicou. O Campus de Picos não participa do processo de licitação, realizado na Reitoria, em Teresina. O que a direção pode fazer, e tem feito ao longo dessa semana, é realizar pressão política sobre a empresa para que quite as dívidas com os terceirizados.

A ação dos acadêmicos do DCE representa uma atitude de solidariedade para com aqueles que não podem se manifestar.

 

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