Sábado, 05 de Outubro de 2024

FRANCISCO SANTOS: Laudo cadavérico de vítima de chacina não foi concluído

Publicado em 16/06/2016
Por Redação
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Vítimas assassinadas em chacina./Reprodução/ Arquivo

Após mais de 100 dias da chacina ocorrida no município de Francisco Santos em que quatro pessoas da mesma família foram brutalmente assassinadas, o caso continua sem respostas. Familiares das vítimas cobram pela conclusão do inquérito. No entanto, um dos elementos importantes para dar suporte concreto às investigações é a realização do laudo cadavérico (aponta causas da morte) que ainda não foi concluído.

O delegado regional de Polícia Civil, Divanilson Sena, enfatizou que tem sido dada celeridade ao caso. Sobre a inconclusão do laudo cadavérico, ele destaca que o médico legista responsável por analisar as lesões presentes nos corpos das vítimas, solicitou um prazo maior devido a complexidade do caso.

“Como são várias vítimas, o médico legista pediu um tempo maior, inclusive com alguns detalhes que ele disse que vai constar no laudo, a gente aguarda. Esse laudo já foi cobrado, a gente espera que até o final dessa semana que ele entrega”, disse Divanilson Sena.

Sena acrescentou ainda que a Polícia tem trabalhado com várias linhas de investigação. As mesmas não foram reveladas para não prejudicar o andamento das investigações.

Pai, tio e esposo das vítimas cobra resposta da Polícia

O esposo, pai e tio das vítimas, o agricultor Antônio Raimundo da Silva, cobra pelo desfecho do crime junto às autoridades de Segurança Pública.

O crime que chocou o Piauí ocorreu no dia 26 de setembro na localidade Belmonte, zona rural de Francisco Santos. As vítimas são: Maria Teresa Silva, 50 anos (esposa), Fernando Collor da Silva, 26 anos (filho), Francivaldo Antônio da Silva, 24 anos (filho), e Anildo Apolinário, 24 anos (sobrinho).

Segundo Antônio Raimundo da Silva por várias vezes o mesmo tem se deslocado até a Delegacia de Polícia Civil, em Picos, para saber mais detalhes sobre as investigações. Mas até agora as tentativas foram sem sucesso. “Sempre fico ligando, vou até a delegacia para cobrar da Polícia que o crime seja solucionado. Esta tragédia não pode ser esquecida, pois eu não a esqueço um só minuto. É muito dolorido você perder uma família quase inteira num crime bárbaro deste”, falou muito emocionado o agricultor.

Antônio Raimundo ainda lembra com tristeza aquela noite ao retornar para casa e encontrar os corpos. “Aquela noite foi um pesadelo. Estava num comício e quando retornei pra minha casa estavam minha esposa, meus dois filhos e meu sobrinho mortos. [chora] isso não pode ficar impune, as pessoas que fizeram isto tem de estar presas”, desabafou.

A reportagem entrou em contato com o delegado do 3º Distrito de Polícia Civil, Jonatas Felix Brasil, e o delegado regional de Picos Divanilson Sena, que preferiram não se pronunciar sobre o caso. Destacaram apenas que as investigações continuam em andamento.

 

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