Sexta-Feira, 14 de Novembro de 2025

IX Semana de História de Picos trabalha dança e música no contexto histórico-social

Publicado em 17/05/2016
Por Jailson Dias
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Capoeira/Equipe de Jornalismo

Por Letícia Cláudia/ Larisse Carvalho
Rita Rildânia e Mayara
Pela disciplina de Cultura Brasileira
Ministrada pelo Prof° Paulo Mafra


Nos dias 07, 08 e 09 de dezembro, foi realizado na cidade de Picos a IX SEMHIPI, Semana de História de Picos-PI. Foram abordados diversos temas ligados a história e arte, entre eles a dança e a música, que são expressões da identidade de um povo.

Através da dança e da música é possível conhecer uma determinada cultura e os seus costumes, é o caso da capoeira. As músicas refletem a história dos negros que foram trazidos ao Brasil para serem escravizados, e na dança eles mostraram como travavam as lutas nos momentos de defesa.

O professor de capoeira do grupo Palmares fala da relação da música com a capoeira, segundo ele “sempre foi um instrumento de preservação da própria cultura, da própria história da capoeira”. Ele destaca ainda, que as letras dessas músicas contam o que o negro passou na condição de escravo e que é um meio de manter viva a cultura e ao mesmo tempo passar uma mensagem que preserve as raízes da capoeira. 

Mas não é apenas a capoeira que expressa os costumes de um povo. Na SEMHIPI, se apresentou o grupo Admó que trabalha com a dança na intenção de resgatar as crianças das ruas e com isto propor um tipo de lazer. Mas a diversão pode virar entretenimento, pois o grupo trabalha com a formação de bailarinos, no intuito de fazê-los participarem de competições. O grupo trabalhou todos os tipos de danças acadêmicas e de competição, indo do balé ao afro.

A música é, também, história e nem sempre vai tratar da cultura, em alguns casos ela trata de assuntos polêmicos como homossexualidade e AIDS. É o que mostrou o estudante do 8º período do curso de História da UFPI, Johnny Rosa, que na apresentação de trabalhos temáticos destacou a forma como Renato Russo e Cazuza tratavam esses assuntos em suas composições. Mostrando como sujeitos homossexuais e aidéticos eram tratados nas décadas de 80 e 90. Para Johnny Rosa “a música é um instrumento de cunho social [...] ela é uma influência na sociedade”.

Na última noite de apresentações após as formalidades serem realizadas no auditório da UFPI, todos foram orientados a seguir para Praça Dirceu Arcoverde, mais conhecida como praça do PCC. Lá aconteceram apresentações culturais de capoeira e dança cigana. E para finalizar o evento foi realizado um show de rock com Cirilo Vaz e Banda.

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