Sábado, 05 de Outubro de 2024

Precariedade da Polícia Civil compromete investigações

Publicado em 22/12/2012
Por Edson Costa
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Joel Santos/GP1

O trágico acidente que vitimou na manhã deste sábado (15/12) o garoto Mikael Dantas Gonçalves da Silva, de apenas 13 anos de idade, chamou a atenção também para a precariedade da Polícia Civil de Picos. A família do garoto foi a Central de Flagrantes e registrou a ocorrência, mas a polícia não possuía agentes suficientes para proceder com as investigações e diligências.

O diretor regional do O diretor regional do Sindicato dos Policiais Civis do Piauí (SINPOLPI), Joel Santos, denunciou que apenas dois homens prestavam o plantão na Central de Flagrantes neste sábado. O baixo contingente e a falta de estrutura tem prejudicado o trabalho dos policiais civis.

“Nós recebemos um familiar da vítima que registrou a ocorrência e não tivemos condições de fazer diligência porque estão somente eu e o escrivão, não tivemos condições de diligenciar nada”, comentou.

O sindicalista denunciou a precariedade das instalações e a superlotação das celas, o que obriga os agentes da Polícia Civil a fazer as vezes de agentes penitenciários. “O serviço da Polícia Civil está ficando a desejar”, declarou.

Apesar das constantes denuncias, Joel informa que a estrutura da delegacia só tem piorado. “Mal montada, com materiais de terceira, cada dia se deteriorando mais”, declarou. Na sexta-feira, dia 14, novamente havia apenas dois policiais, triste situação que tem se repetido. “Amanhã é um novo dia e a situação se repete”, declara.

Joel Santos disse que a prisão do autor do crime vai depender de uma falha que ele venha a cometer, ou de sua consciência, caso deseje se apresentar voluntariamente a polícia. O policial não demonstrou otimismo quanto a possibilidade de o infrator ser preso através do trabalho de investigação. “Isso por culpa do Estado”, finalizou.

 

 

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