Na noite em que disputariam a final da Copa Sul-Americana, torcedores da Chapecoense e do Atlético Nacional-COL homenagearam as vítimas da tragédia com o avião que levava o time catarinense para a Colômbia. Milhares de torcedores ocuparam a Arena Condá, em Chapecó, e fizeram, junto a jogadores do clube, familiares, moradores da cidade e jornalistas de todo mundo uma comovente demonstração de compaixão, dor, tristeza e fé. Ao mesmo tempo, em Medellín, colombianos lotaram o Estádio Atanasio Girardot.
O clima de emoção tomou conta das arquibancadas e do gramado da Arena. Desde antes do horário marcado para o começo da vigília, torcedores não seguravam as lágrimas ao entoarem cantos de "sempre estarei contigo" à equipe da Chapecoense.
A rivalidade não teve vez: em meio às camisas do time alviverde, uma amarela, do Criciúma chamou a atenção. E o dono dela chorava, como os outros. No gramado, em que estavam o altar e cadeiras montadas para a missa, jornalistas de diferentes lugares do mundo também se emocionaram.
Os jogadores que não viajaram com a delegação por diferentes motivos estiveram presente no gramado da Arena Condá. Eles se emocionaram muito, emocionaram todo o público presente e receberam inúmeras demonstrações de carinho.
Com 10 anos de Chapecoense, o goleiro Nivaldo era um dos mais emocionados. Ele tem quase 300 jogos com a camisa alviverde e pretendia se aposentar ao chegar a esta marca. Entre os jogadores, estavam também o zagueiro Rafael Lima, o meia-atacante Hyoran, agora do Palmeiras, e o meia argentino Martinuccio.
Revelado na Chapecoense, o lateral-direito Fabiano, do Palmeiras, não conteve as lágrimas durante as homenagens. Foi ele quem fez, no último domingo, em São Paulo, o gol que decretou o título do Campeonato Brasileiro ao Palmeiras, justamente contra a Chape.