Hoje o dia foi movimentado nos bairros picoenses considerados de classe média alta. A Eletrobrás, distribuição Piauí, escritório de Picos, acompanhada da GRECO (Grupo de Repressão ao Crime Organizado) visitou imóveis residenciais e comerciais em busca de irregularidades.
Foi constatado que em duas residências e em um ponto comercial haviam irregularidades. Segundo Nielson Luz, supervisor da Eletrobras em Picos, na residência do ex-prefeito de Itainópolis, Raimundo Maia, localizada no bairro Canto da Várzea, os moradores da casa tentaram resistir ao flagrante: “algumas pessoas não quiseram devolver o imã e só o fizeram quando a polícia se fez presente”.

Além da residência do ex-prefeito, a residência de uma fisioterapeuta identificada como Catarina, também foi flagrada com o mesmo uso do imã na caixa do contador de energia.
“As pessoas estão fazendo uso desse dispositivo, que é simples e fácil de ser encontrado. É um imã de alto desempenho, que consegue paralisar o contador, fazendo com que não haja a contagem da energia que está sendo consumida. Isso prejudica todo o sistema elétrico, além de gerar prejuízos à empresa fornecedora do serviço”, disse Nielson. Segundo o supervisor, o prejuízo para a empresa fornecedora pode representar 30% do total do seu faturamento.

Onze equipes estão diariamente de serviço em Picos e toda região combatendo o furto de energia. Esta semana a GRECO acompanhou o trabalho e fez os encaminhamentos cabíveis: “furto de energia é crime, segundo o Art. 155, § 3º do Código Penal, é o conhecido ‘gato’”, explicou ele.
O que mais chama a atenção do supervisor é que de todas as inspeções feitas, em 40% são constatadas irregularidades e desse número, a maioria, segundo ele, acontece em imóveis pertencentes a pessoas de classe média alta.
E não são apenas residências. Ainda na fiscalização de hoje, um ponto comercial, localizado na Praça Josino Ferreira, foi flagrado com o imã no contador e o proprietário, identificado como Luis Evandro, foi autuado.
“Fazemos análise dos dados que chegam e constatamos que em residências e pontos comerciais o aparente consumo de energia é bastante inferior ao que deveria ser pelo porte da casa ou do ponto comercial e isso nos leva a fiscalizar in loco cada suspeito”, disse Nielson.
A Polícia Civil passa a tomar as medidas cabíveis em relação às pessoas acusadas de irregularidades no consumo de energia.