Terça-Feira, 08 de Outubro de 2024

Piauí é o segundo estado com maior número de presos provisórios

Publicado em 20/03/2016
Por Jailson Dias
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Piauí tem grande número de presos provisórios/portalaz.com.br

O Piauí é o segundo estado brasileiro com maior número de presos provisórios, ou seja, aqueles que ainda não foram julgados, mas, mesmo assim, estão sendo custodiados nos presídios do Estado.

O dado, atualizado em setembro, é do Geopresídios, ferramenta do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) acerca da situação nos presídios do país, alimentado através do Relatório Mensal do Cadastro Nacional de Inspeções nos Estabelecimentos Penais (CNIEP).

De acordo com a última atualização do Geopresídios – feita por meio de repasses mensais realizados pelos Tribunais de Justiça dos estados –, 64,38% do total de pessoas privadas de liberdade no Piauí (3.996, segundo o órgão), não foram julgadas mas estão presas.

Esse percentual representa, segundo o Geopresídos, o número de 2.514 detentos no Estado. No caso, o Piauí fica atrás apenas do Amazonas (onde 72,85% dos presos não foram julgados) e à frente da Bahia (estado com 63,5% de presos provisórios).

Já a atualização feita pela Secretaria de Justiça do Piauí , aponta que, hoje, existem 4.107 pessoas presas nas penitenciárias do Estado, bem acima da capacidade de vagas, que é de 2.230. Segundo a atualização, o número de provisórios é de 2.669.

De acordo com a Diretoria da Unidade de Administração Penitenciária da Secretaria de Justiça (DUAP), o órgão coleta e atualiza, toda semana, informações sobre quantidade de presos no Estado diretamente com as gerências das 15 unidades penais.

Na visão do secretário de Justiça do Piauí, Daniel Oliveira, a melhoria do sistema prisional passa, necessariamente, pela garantia do direito do preso ao julgamento. Para o gestor, é preciso que o sistema de justiça avance na solução dessa questão, “sob pena de aprofundar e perpetuar distorções e a desigualdade”.

“O sistema de justiça estadual e nacional precisa promover medidas para transformar essa realidade. De nada adiantará construir novos presídios se a tendência ao aprisionamento for crescente e os presos não forem julgados de forma célere”, pontua o secretário.

Fonte: portalaz.com.br

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