É automático associar o nome de Mari Paraíba ao rótulo de musa do vôlei. A princípio era apenas um elogio à beleza da moça. Uma coisa positiva, convenhamos, e que tomou grande proporção quando ela posou para a Playboy em 2012. Mas com o tempo foi virando um peso, uma espécie de preconceito invertido. A figura da jogadora começou a ficar para trás na cabeça das pessoas. Por isso, a ponteira passou a odiar ser chamada assim. De saco cheio, deu até um tempo de 10 meses na carreira em 2013.
Esse período foi muito importante para que Mari enxergasse o que realmente queria: jogar vôlei. Tentou a sorte na praia e pouco depois acabou retornando às quadras. Hoje, mais madura, ela lida bem com o rótulo de musa e inclusive acha que ele mais a ajudou do que a prejudicou. Uma vez que essa barreira estava superada, foi como "unir o útil ao agradável", segundo a própria.
- Vi que não me importava o que os outros achassem ou falassem, que eu iria focar em mim e fazer meu trabalho ali dentro. E acho que (a pausa) foi a melhor coisa que fiz.
Mari Paraíba vinha sendo convocada para a seleção brasileira desde os Jogos Pan-Americanos de Toronto em 2015. Esteve muito perto de disputar a Olimpíada no Rio neste ano ao integrar a pré-lista de 17 nomes, mas ficou fora da lista final de 12 convocadas por Zé Roberto. Apesar da frustração, o episódio teve um lado positivo: provou que Mari faz parte da elite do vôlei nacional.
Aos 30 anos e bem resolvida, Mari foi em busca de uma nova experiência. Deixou o Minas e acertou a transferência para o Volero Zurich, da Suíça - é a primeira vez que está morando fora do Brasil.