Elas podem ser vistas nas principais vias públicas da cidade de Picos, na Praça Félix Pacheco e até ao redor do palácio Coelho Rodrigues, grandes árvores, que além de uma reconfortante sombra, oferecem também o risco de cair, especialmente em época de chuva ventania.
Segundo o biólogo e fiscal da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Vilmar Santos Luz, as espécies que oferecem mais risco são a castanhola, figo e algaroba que não são nativas da região Nordeste.
Estas árvores possuiriam raízes pouco profundas e curtas, o que facilitaria a sua queda diante de ventanias de intensidade moderada. “Elas não estão adaptadas ao clima, nem ao solo, isso não quer dizer que árvores não nativas possam ter risco de queda, mas a castanhola nós recebemos muitos pedidos de corte”, explicou.
Quando solicitados por alguém que tenha essa espécie de árvores plantada no quintal de casa, uma equipe do Meio Ambiente, contando ainda com o apoio de um engenheiro agrônomo vão até o local e verificam se há necessidade de corte, em alguns casos apenas a podagem dos galhos é suficiente para eliminar o risco de que venham a cair. Fatores como solo, cupins, terra, são analisados para determinar o corte ou podagem.
Vilmar informa que já existe a ideia de realizar um cadastro para saber onde essas árvores podem ser localizadas e possivelmente realizar o corte ou poda. “Temos o projeto de realizar o cadastro de árvores que eventualmente possam oferecer o risco de cair”.
O engenheiro agrônomo Albertino Bertino Correia Linz endossa a informação do biólogo e diz que o perigo é real, especialmente com árvores que foram plantadas há muito tempo. Felizmente a população não tem mais plantado as espécies: castanhola, algaroba e figo, substituindo-as pelo nim, árvore de origem indiana, adequada ao clima local, bonita e que não oferece riscos a população.
“Ultimamente tá se usando muito o nim, que veio da Ásia, é ornamental, mas poderão também ser outras também”, declarou.
Na Praça Josino Ferreira existem dois locais onde nos anos anteriores havia grandes árvores que cederam depois de fortes ventania, em um desses espaços, em frente a agência dos Correios, a gestão passada da Secretaria Municipal de Meio Ambiente instalou uma fonte de água.